Garimpo ilegal é descoberto em Goiás com trabalhadores em condições análogo à escravidão
Ação ocorreu em Matrinchã, no distrito de Lua Nova, e resultou na prisão de 16 pessoas e na apreensão de máquinas e mercúrio usados na extração ilegal de ouro
Após uma denúncia anônima, o Batalhão de Polícia Militar de Operações Ambientais (BPMOA) intensificou o combate ao garimpo ilegal no interior de Goiás. A equipe realizou diligências no distrito de Lua Nova, município de Matrinchã, às margens do Rio Ferreira, e encontrou um garimpo de ouro em plena atividade irregular. A ação faz parte das estratégias permanentes da corporação para conter crimes ambientais na região Norte do estado.
Durante a operação, os policiais abordaram 16 pessoas envolvidas na extração mineral sem licenciamento ambiental, configurando crime de garimpo ilegal. No local, os militares constataram que os trabalhadores atuavam em condições insalubres, sem equipamentos de proteção individual e submetidos a situações degradantes, o que caracteriza condição análoga à escravidão.
Gerente do garimpo oferece dinheiro para evitar prisão e é autuado por corrupção ativa
Além disso, a equipe flagrou uma tentativa de corrupção ativa. O gerente do garimpo tentou subornar os policiais oferecendo R$ 15 mil para evitar a prisão em flagrante. A tentativa foi frustrada, e todos os envolvidos foram detidos. Essa conduta reforça o envolvimento do grupo em práticas criminosas articuladas, que incluem exploração ilegal e tentativa de obstrução da justiça.
Durante a vistoria, os agentes apreenderam equipamentos utilizados na extração, incluindo uma retroescavadeira, uma escavadeira, quatro bateias, onze tapetes de lavra e um pote de mercúrio, além do dinheiro oferecido como suborno. Todo o material e os detidos foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal, em Goiânia, onde as medidas legais estão sendo adotadas.
O BPMOA reforçou que continuará com operações em regiões de difícil acesso, especialmente nas áreas ribeirinhas, para coibir o garimpo ilegal e os danos ambientais causados pela extração clandestina de minérios. A corporação também destacou que denúncias da população são essenciais para o sucesso das ações e a preservação dos recursos naturais goianos.
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