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domingo, 7 de dezembro de 2025
Crime

Modelo bielorrussa é morta após cair em golpe de tráfico sexual e de órgãos na Ásia

Vera Kravtsova, viajou para Bangcoc em busca de trabalho como modelo, mas acabou escravizada em Mianmar e teve os órgãos retirados

Micael Silvapor Micael Silva em 16 de outubro de 2025
Modelo
Foto: Reprodução/Redes sociais

O que parecia ser o início de uma carreira promissora terminou em tragédia. Vera Kravtsova, modelo e cantora bielorrussa de 26 anos, foi assassinada após ser enganada com uma falsa proposta de emprego na Tailândia. De acordo com investigações, ela foi levada para Mianmar e forçada à escravidão sexual antes de ser morta e ter os órgãos retirados.

Vera, que participou da versão bielorrussa do programa The Voice, havia viajado para Bangcoc (Tailândia) para uma entrevista de trabalho como modelo. Mas, segundo o site Mash, acabou nas mãos de uma quadrilha especializada em tráfico sexual e de órgãos.

“Ela voou para Bangcoc para uma entrevista de emprego, mas em vez de trabalhar nas passarelas, foi levada para Mianmar e transformada em escrava sexual”, relatou o portal. “Seus deveres incluíam ser bonita, servir seus ‘mestres’ e enganar pessoas ricas.”

Mianmar é conhecido por abrigar esquemas criminosos em que mulheres estrangeiras são atraídas por promessas de sucesso e acabam presas em redes de exploração. Vítimas relatam que são obrigadas a entregar seus passaportes e têm os celulares confiscados para impedir qualquer pedido de ajuda.

As quadrilhas, em grande parte comandadas por grupos chineses com apoio de milícias locais, mantêm sob controle até 100 mil mulheres em diferentes regiões do país, segundo estimativas.

Modelo
Foto: Reprodução

No caso de Vera, os criminosos a forçavam a “ficar bonita para extorquir clientes ricos”. Quando parou de gerar lucros, ela perdeu a “utilidade” e “saiu de cena”. Semanas depois, sua família foi informada de que o corpo havia sido encontrado sem órgãos. Por falta de recursos, os parentes ouviram das autoridades que ele seria cremado.

Outras vítimas do mesmo esquema

A história de Vera se assemelha à de Dashinima Ochirnimayeva, modelo russa de 24 anos, que também foi aliciada com uma proposta falsa de trabalho e seria “vendida para retirada de órgãos”. Ela só sobreviveu porque diplomatas russos conseguiram resgatá-la a tempo. Seus depoimentos ajudaram a revelar detalhes do funcionamento da rede internacional de tráfico humano.

Brasileiros também caíram em armadilhas parecidas

Casos semelhantes envolveram os brasileiros Luckas Viana dos Santos e Phelipe de Moura Ferreira, que em 2025 denunciaram ter sido enganados por propostas falsas de emprego na Tailândia. Ambos foram levados para Mianmar e obrigados a trabalhar em call centers de golpes financeiros, sob condições análogas à escravidão.

Assim como outras vítimas, tiveram os passaportes confiscados e foram ameaçados com tortura, prostituição e até retirada de órgãos caso não atingissem as metas impostas pelos criminosos.

Esses relatos reforçam o alerta sobre o avanço de quadrilhas internacionais que se aproveitam de ofertas de trabalho falsas para atrair vítimas de diferentes países, transformando sonhos em tragédias.

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