O último governador de Goiás eleito pelo PMDB foi Maguito Vilela, em 1994. Desde então, o PSDB ganhou 4 (todas com Marconi Perillo), o PP uma (Alcides Rodrigues) e o DEM/União Brasil duas (ambas com Ronaldo Caiado). O último senador eleito pelo PMDB também foi Maguito, em 1998. Desde então, Demóstenes Torres e Lúcia Vânia venceram em 2002 e 2010, Marconi em 2006, Caiado em 2014, Jorge Kajuru e Vanderlan Cardoso em 2018 e Wilder Morais em 2022 – nenhum deles do MDB. Se Daniel Vilela for eleito em 2026, quebra todos esses tabus. Ainda assim, um grupo interno acha que tem o direito de o criticar por rejuvenescer o partido.

Por essas cobranças indevidas, o MDB perdeu quadros importantes, como Nion Albernaz, Henrique Santillo, Marconi, Lúcia, Bruno Peixoto. Clécio Alves não, porque antes de debandar em definitivo havia passado temporadas no PT. José Nelto também foi e voltou mais que badalo de igreja. De jovens com futuro, a última grande revelação foi Thiago Peixoto. As lideranças atuais estão idosas. Nenhum dos deputados estaduais ou federais é MDB raiz, estão lá por circunstância. Então, o futuro é com Daniel ou não haverá.  

Caiado perdeu para o pai em 1994 e ganhou do filho em 2018. Maguito ficou em 2º lugar em 2002 por mero 0,6% (Marconi teve 51,21%) e 2006. Iris perdeu para Marconi em 1998, 2010 e 2014. A Covid matou Maguito e Iris em 2021. Quem ficou? Daniel, que se perder a paciência com os perturbadores e não for candidato, quem o MDB tem para o substituir? Ninguém. Daí a necessidade do serviço que presta à sigla ao reoxigená-la.