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sábado, 6 de dezembro de 2025
Saúde

Hérnia de disco: tecnologia e novos métodos reduzem necessidade de cirurgia

A ressonância magnética tornou-se o exame mais indicado, pois permite identificar com precisão a localização e o tamanho da hérnia

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 21 de outubro de 2025
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Hérnia de disco: tecnologia e novos métodos reduzem necessidade de cirurgia. | Reprodução/Freepik

A hérnia de disco está entre as principais causas de dor nas costas e afeta milhões de brasileiros todos os anos. O problema ocorre quando o disco localizado entre as vértebras, responsável por amortecer o impacto e permitir a movimentação da coluna, se desloca ou se rompe, comprimindo nervos próximos.

Os sintomas variam conforme o grau da lesão, mas os mais comuns incluem dor intensa, formigamento, dormência, limitação de movimentos e, nos casos mais graves, perda de força muscular. Estima-se que cerca de 80% da população mundial enfrente algum episódio de dor lombar ao longo da vida, sendo a hérnia uma das causas mais frequentes.

Os avanços tecnológicos revolucionaram o diagnóstico. A ressonância magnética tornou-se o exame mais indicado, pois permite identificar com precisão a localização e o tamanho da hérnia, além de avaliar seu impacto sobre as estruturas nervosas. A tomografia computadorizada e outros exames complementares também são úteis, especialmente em casos mais complexos.

Ainda assim, o diagnóstico definitivo depende da avaliação clínica. Ouvir o relato do paciente e examinar seus reflexos e força muscular continuam sendo etapas fundamentais para diferenciar casos que necessitam de tratamento clínico daqueles que exigem cirurgia.

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A ressonância magnética tornou-se o exame mais indicado. | Foto: Reprodução/Freepik

Cerca de 80% dos pacientes com hérnia de disco não precisam de operação. O tratamento conservador costuma incluir fisioterapia, exercícios específicos, controle do peso corporal e mudanças de hábitos posturais. O uso de medicamentos para dor e inflamação pode ser indicado em fases agudas, sempre com acompanhamento médico. Praticar atividades físicas regulares e manter a postura correta durante o trabalho e o sono são medidas essenciais para prevenir novas crises.

Quando o desconforto persiste e afeta a qualidade de vida, a cirurgia passa a ser considerada. Nos últimos anos, as técnicas se tornaram menos invasivas e mais seguras. A microcirurgia e a endoscopia da coluna, por exemplo, permitem a retirada da hérnia por meio de pequenas incisões, preservando músculos e tecidos próximos. Essas abordagens resultam em menor dor pós-operatória, internação reduzida e recuperação mais rápida em alguns casos, com alta no mesmo dia.

Outro avanço importante é o uso de sistemas de navegação e imagens em tempo real, que aumentam a precisão e reduzem os riscos do procedimento. Paralelamente, pesquisas buscam desenvolver terapias regenerativas capazes de restaurar os discos intervertebrais, prolongando a saúde da coluna. Com o diagnóstico precoce, o acompanhamento especializado e as novas tecnologias, a maioria dos pacientes consegue controlar a dor e retomar suas atividades com segurança, sem necessidade de cirurgia.

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