Aproximação de Trump e Lula pode favorecer candidatura de Caiado
A partir do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o colega dos EUA, Donald Trump, neste domingo (26), o que não vai faltar serão narrativas favoráveis e contra o feito do “estadista Lula”. O termo é usado nas redes sociais pelos petistas que, além de exaltar o presidente brasileiro, pregam o fim do bolsonarismo e a derrocada da direita. Embora seja rotina o acirramento entre o lulopetismo e o bolsonarismo, esse encontro é uma primeira etapa para desatar o imbróglio das taxas aos produtos brasileiros e melhorar as relações entre os dois países.
No entanto, o reflexo desse primeiro contato ‘face to face’ passa a ser o combustível político para que Lula se mantenha no topo das pesquisas presidenciais. Serve para ampliar as narrativas de que ele é imbatível e, possivelmente, vença a disputa no primeiro turno. Mas não existe vitória antes da apuração dos votos, isto porque a oposição não está morta e a direita conta com nomes ao largo do bolsonarismo.
Ao estabelecer uma ‘ponte’ política entre o Brasil e os EUA, Lula isola os bolsonaristas e restringe a atuação deles junto aos formadores de opinião. Isto porque a tão sonhada anistia de Jair Bolsonaro a cada dia perde tração. Sem contar que o ex-presidente ‘empurra’ seu apoio a um dos três postulantes a disputar a Presidência da República, os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (UB-GO) para fevereiro.
Diante desse impasse, Tarcísio está cada vez mais focado na sua reeleição em São Paulo e Ratinho Júnior ainda é pouco conhecido fora da Região Sul. Desses três, Caiado é o que melhor se encaixa como oposição ao governo Lula, com a vantagem de estar em fim de mandato no governo. Tem história longeva no Congresso e de oposição à esquerda. Embora tenha pouca conexão com os setores financeiro e industrial, pode ser a alternativa da direita caso Jair Bolsonaro insista em um nome de seu clã.
Lei Magnitsky é o nó a ser desatado
A troca de gentilezas entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e dos EUA, Donald Trump, é um achado político para os apoiadores de Lula e um chute na canela dos bolsonaristas. Entretanto, ainda tem muita prosa para desatar o ‘nó cego’ da Lei Magnitsky, assunto que ficou a cargo dos diplomatas. Esse é o ponto de ebulição que pode explodir sob pressão ou ser esfriado devagarinho. Por enquanto, Lula saiu vencedor ao arrancar um compromisso de Trump para negociar as tarifas impostas ao País.
Pior adversário
Nem tudo é céu de brigadeiro para Lula, isto porque, o seu pior adversário não é o bolsonarismo e muito menos um candidato da direita, mas o tamanho do déficit nas contas públicas, que não para de crescer. Por conta dos gastos sem recursos no tesouro, o custo de vida não baixa e isto reflete o mau humor dos brasileiros com o governo.
Defesa das mulheres
A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) se destaca por ser quase unanimidade em defesa das mulheres. Esse reconhecimento veio após passar pelos perrengues no Legislativo, no apoio das Procuradorias da Mulher da Câmara dos Deputados e do Senado. Esse reconhecimento institucional é devido ao seu trabalho à frente da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Legislativa.
Marussa e a Apae
A deputada federal goiana Marussa Boldrin (MDB) entrou na briga em defesa da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). “Inclusão é um direito, mas não às custas de quem dedica a vida a cuidar. Sou uma grande defensora das Apaes — e em Goiás nós temos um trabalho lindo e exemplar, que o nosso mandato já ajudou a fortalecer com estrutura e apoio”, postou em sua rede social.
Decreto muda tudo
O engajamento de Marussa em defesa das Apaes é devido ao presidente Lula ter assinado decreto que acaba com a educação especial para estudantes com deficiência intelectual, múltipla e TEA, que hoje estudam em escolas especializadas. A Apae Brasil diz em nota que o projeto do senador Flávio Arns (REP-PR) pretende sustar o decreto e que pode transformar a prioridade pela rede comum em obrigatoriedade absoluta.
Zeli fora da base de Pábio – Ao se aliar à deputada federal Lêda Borges (de saída do PSDB), a deputada estadual Zeli Fritsche (por enquanto no União Brasil) selou seu destino político no grupo de Pábio Mossoró. Lêda é adversária juramentada de Pábio, liderança que aglutinou forças e elegeu o prefeito Marcus Vinicius (UB) em Valparaíso.