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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Cirurgia com microchip ocular devolve visão a pacientes com degeneração macular

A técnica consiste na implantação de microchips sob a retina, capazes de restaurar parcialmente a visão

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 28 de outubro de 2025
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Cirurgia com microchip ocular devolve visão a pacientes com degeneração macular. | Foto: reprodução/Freepik

Um avanço promissor no campo da oftalmologia reacende a esperança para milhões de pessoas com perda de visão. Pesquisadores do Moorfields Eye Hospital, em Londres, desenvolveram um procedimento cirúrgico que permitiu a pacientes considerados cegos voltar a ler e realizar atividades do dia a dia. A técnica consiste na implantação de microchips sob a retina, capazes de restaurar parcialmente a visão.

O dispositivo, chamado Prima, foi criado pela empresa californiana Science Corporation e representa um marco na busca por soluções para a atrofia geográfica (AG), estágio avançado da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Essa condição é a principal causa de perda de visão em pessoas com mais de 50 anos e provoca danos progressivos à retina, comprometendo a visão central e dificultando a distinção de detalhes e cores.

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Essa condição é a principal causa de perda de visão em pessoas com mais de 50 anos. | Foto: reprodução/canva

De acordo com um estudo publicado no New England Journal of Medicine, dos 32 pacientes com AG que receberam o implante, 27 conseguiram retomar a leitura usando a visão central. No total, 38 voluntários de cinco países europeus participaram da pesquisa. Após um ano de acompanhamento, a melhora média na capacidade de leitura chegou a 25 letras, o equivalente a cinco linhas em uma tabela oftalmológica, resultado considerado inédito no campo da visão artificial.

O procedimento envolve a inserção de um microchip fotovoltaico de apenas 2 milímetros, com espessura semelhante à de um fio de cabelo humano, posicionado sob a retina. O sistema é integrado a óculos com uma câmera de vídeo, que capta as imagens e as envia, por meio de sinais infravermelhos, ao implante. Um pequeno processador de bolso aprimora as informações visuais antes que sejam transmitidas ao cérebro pelo nervo óptico.

Com resultados considerados animadores, o estudo abre caminho para novas pesquisas e levanta expectativas de que, no futuro, a perda de visão causada por doenças degenerativas possa deixar de ser definitiva.

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