Operação policial no Rio une a direita e amplia o debate político
A operação policial no Rio de Janeiro nesta terça-feira (28) com um saldo oficial, até agora, de 119 mortos, sendo quatro deles agentes de segurança da Polícia Civil e Militar, reacendeu o debate político contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mal a comunicação do Palácio do Planalto havia atenuado a ofensiva de críticas à fala do presidente Lula na Malásia, que disse serem “os usuários responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”, acontece a ofensiva ao crime no Rio. Até então, Lula navegava em águas tranquilas e vento a favor na rota do favoritismo na eleição de 2026.
Agora, no barco da reeleição, abarrotado de vitórias sobre o campo da direita que, entre os feitos, neutraliza a narrativa dos bolsonaristas junto ao presidente americano, Donald Trump, o barco perde energia de votos. Ao contrário da oposição, que passa a navegar a toda velocidade, isto porque a ação policial no Rio de Janeiro colocou o debate da segurança pública e o avanço da violência urbana no centro do debate político. Essa constatação ficou clara na entrevista do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta quarta-feira (29). Ele comparou algumas regiões do Rio com “um resort do crime” e se solidarizou com Cláudio Castro (PL).
Não só ofereceu apoio político, mas também de forças especiais das polícias de Goiás. Nesta quinta-feira (30), ele viaja para o Rio, onde vai se juntar aos colegas governadores Jorginho Mello (PL-SC), à vice de Ibaneis Rocha, Celina Leão (PP-DF), Mauro Mendes (UB-MT), Tarcísio de Freitas (REP-SP), Romeu Zema (Novo-MG), entre outros do campo da direita e centro-direita para prestarem solidariedade ao colega fluminense Cláudio Castro. Essa reunião tem o simbolismo de reagrupamento da oposição e, por óbvio, unificar o discurso de oposição e posicionamento frente à PEC da Segurança, que está na CCJ da Câmara.
Puxaram mais uma vez o tapete de Arruda
Aconteceu o previsto: o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação do ex-governador do DF, José Roberto Arruda, por atos de improbidade administrativa. Sempre que ele é citado ou cresce em intenção de votos para cargo majoritário, os adversários mexem os ‘pauzinhos’ na Justiça e colocam a cabeça dele a prêmio. Como explicar à população que vê tanta gente livre, leve e solta dando as cartas na política? No caso de Arruda, sempre é ‘caçado’ literalmente pelos adversários.
Magela será ‘fritado’?
Ao suspender as prévias do PT no Distrito Federal, a executiva nacional da legenda sinaliza que vai bater o martelo por um dos candidatos. Nos bastidores, os adversários do líder Geraldo Magela dizem que Leandro Grass se filiou ao PT com a garantia de que seria o candidato, portanto, a ala mais jovem do partido aposta nele e não em Magela. A conferir.
Disputa acirrada
Os mais de 140 mil eleitores de Rio Verde vão dividir os votos para deputado federal entre Marussa Boldrin e Lucas do Vale, ambos do MDB. Existem mais candidatos, mas esses dois vão rivalizar, bem como o ex-prefeito Paulo do Vale (UB), que, por enquanto, é candidato a deputado estadual, mas cotado para ser vice de Daniel. Pela oposição, o ex-presidente da Alego, Lissauer Vieira (PL).
Olha o Gugu aí!
Circula no Instagram uma enquete curiosa em que aparece, além dos pré-candidatos a governador de Goiás em 2026 Daniel Vilela (MDB), Marconi Perillo (PSDB) e o senador Wilder Morais (PL), o nome do deputado estadual Gugu Nader, ou Gugu do Panelão (Democratas, antigo PNM). Não tem nenhuma base científica, mas chama a atenção por ele liderar a enquete.
Correção Marussa
A deputada federal Marussa Boldrin (MDB) reafirma que o seu candidato a presidente da República é o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). “Diferente do publicado na coluna, quem apoia Tarcísio de Freitas é o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion, e não eu.” Feita a correção.
Daniel no contraponto – O vice-governador e pré-candidato a governador pela base caiadista, Daniel Vilela (MDB), adotou um tom mais contundente na defesa do governo. O contraponto às criticas dos adversários tem sido o comparativo entre a gestão do passado e agora. “O que faziam com o dinheiro do povo goiano antes do governador Caiado?”, pergunta Daniel.