O curta-metragem “Casca de Ferida”, baseado no conto homônimo de Rodrigo Celestino Rocha, foi selecionado para a 5ª edição do Egyptian American Film Festival 2025, que ocorre em Nova York desde 31 de outubro, com encerramento nesta terça-feira (4). A produção, dirigida por Kellen Casara e realizada pela Gata Preta Produções em coprodução com a Abaute Produções, marca mais uma presença do audiovisual goiano no cenário internacional.

Reconhecido por sua força narrativa e pela abordagem humanizada do racismo estrutural, Casca de Ferida acompanha Pedro, um homem negro injustamente acusado e agredido. A trama conduz o espectador por uma reflexão sobre as cicatrizes deixadas pela desigualdade racial no Brasil, revelando um cinema que transforma dor em consciência social.

“Casca de Ferida” e a força das políticas culturais

O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, operacionalizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás), e reafirma a importância das políticas públicas de fomento para a consolidação do cinema independente. O apoio financeiro e institucional, segundo a equipe, foi essencial para viabilizar um trabalho que alia qualidade técnica e relevância social.

Realizado anualmente, o Egyptian American Film Festival é um espaço de encontro entre cineastas e artistas do Egito, mundo árabe e Estados Unidos, promovendo debates sobre identidade, resiliência e criatividade. A programação reúne curtas, longas e documentários que exploram temas universais como justiça, empatia e humanidade compartilhada.

Após a mostra americana, Casca de Ferida também será exibido no Egito, ampliando o diálogo entre o cinema árabe e o ocidental. A seleção reforça a vocação internacional das produções goianas e consolida o nome de Kellen Casara entre os novos talentos do cinema brasileiro contemporâneo.

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