Dick Cheney: Morre aos 84 anos ex-vice-presidente dos EUA
O ex-vice-presidente faleceu em decorrência de complicações de uma pneumonia e de doenças cardíacas e vasculares
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Dick Cheney morreu nesta terça-feira (4), aos 84 anos, em decorrência de complicações de uma pneumonia e de doenças cardíacas e vasculares, informou a família. Considerado o grande arquiteto da guerra contra o terrorismo, Cheney foi uma das figuras mais influentes da política norte-americana nas últimas décadas.
“Durante décadas, Dick Cheney serviu à nossa nação, como chefe de gabinete da Casa Branca, congressista por Wyoming, secretário de Defesa e vice-presidente dos Estados Unidos”, destacou o comunicado divulgado pela família. O ex-presidente George W. Bush afirmou que Cheney foi “um dos melhores servidores públicos de sua geração”, descrevendo-o ainda como “um patriota que trouxe integridade, alta inteligência e seriedade de propósito a cada cargo que ocupou”.
Trajetória de Dick Cheney
Richard Bruce Cheney iniciou sua carreira no Partido Republicano nos anos 1960. Foi chefe de gabinete da Casa Branca durante o governo de Gerald Ford, deputado federal por Wyoming por seis mandatos e secretário de Defesa do presidente George H. W. Bush entre 1989 e 1993. Nesse período, comandou a Guerra do Golfo, resposta norte-americana à invasão do Kuwait pelo Iraque.
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Entre 2001 e 2009, serviu como vice-presidente ao lado de George W. Bush. Foi um dos principais formuladores da chamada “guerra ao terror”, política que levou à invasão do Iraque após os atentados de 11 de setembro de 2001. Também defendeu a ampliação do poder presidencial e transformou o cargo de vice em um núcleo de decisão dentro da segurança nacional.
Nos últimos anos, Cheney se tornou crítico de Donald Trump, e em 2022, gravou um vídeo em apoio à filha Liz Cheney, em que chamou o presidente de “covarde” e “o maior perigo que já enfrentamos para a nossa República”. O republicano chegou a declarar voto na democrata Kamala Harris por considerar que Trump “não servia para o cargo”.