Gay assumido: quem é Jonathan Bailey, eleito o ‘Homem Mais Sexy do Mundo’ em 2025
Aos 37 anos, o britânico galã de Bridgerton conquista o título da revista People — tornando-se o primeiro homem assumidamente gay a receber a honraria
Jonathan Bailey está oficialmente no topo do mundo pop. A revista People, uma das mais influentes do entretenimento global, escolheu o ator britânico como o Homem Mais Sexy do Mundo de 2025, consolidando um momento único em sua carreira — e também um marco cultural. Pela primeira vez, a honraria vai para um homem assumidamente gay, gesto simbólico que reforça o avanço, ainda que lento, da representatividade LGBTQIAPN+ na indústria internacional.

A repercussão foi instantânea. Jonathan Bailey aparece na nova capa da publicação com um sorriso tímido, o olhar marcante que conquistou milhões em Bridgerton, e uma pitada de desconforto típica de quem nunca buscou esse tipo de título. Em entrevista, ele fez questão de rir da situação: “Obviamente, estou incrivelmente lisonjeado. E é completamente absurdo.”
Com seu humor britânico impecável, admitiu que esconder a novidade foi difícil — a única criatura que soube antes do anúncio oficial, segundo ele, foi Benson, seu cachorro.
Mas quem vê o galã do momento talvez não conheça o caminho intenso que trouxe Jonathan até aqui — e que explica por que a escolha da People vai muito além de aparência.
De ator mirim ao West End: um começo incomum
Jonathan Bailey decidiu que queria ser ator aos cinco anos, após assistir a uma peça de teatro. Aos sete, já estava no palco profissionalmente, integrando produções prestigiosas da Royal Shakespeare Company (RSC). Enquanto muitas crianças tropeçam entre a escola e passatempos, Bailey cresceu no palco, desenvolvendo uma intimidade rara com a arte.
Na adolescência, conquistou espaço no West End — o “Broadway britânico” — e acumulou participações em produções importantes. Seu talento vocal e sua presença cênica chamaram atenção, mas foi na televisão que ele encontrou projeção internacional.
A virada: Bridgerton e ascensão global
O mundo conheceu Jonathan Bailey de fato na pele de Anthony Bridgerton, o irmão mais velho e herdeiro da família na série de sucesso da Netflix. A segunda temporada, centrada em seu romance com Kate Sharma, fez dele um dos rostos mais comentados do streaming. O arco entre tensão, sensualidade e vulnerabilidade transformou Anthony num dos personagens favoritos da franquia.
Seu carisma chamou atenção de Hollywood, e as portas começaram a se abrir. Em 2024, Jonathan Bailey foi escalado em Wicked: Parte 1 como Fiyero — papel que exige canto, dança e interpretação dramática. O filme ampliou sua visibilidade global e abriu caminho para o hype que antecede Wicked: Parte 2, previsto para novembro de 2025.
Jonathan Bailey também integra o elenco de Jurassic World: Recomeço, onde vive o Dr. Henry Loomis. A participação no blockbuster confirmou seu status de estrela em ascensão, transitando com naturalidade entre romance, musical e ação.
Representatividade
Jonathan Bailey assumiu publicamente sua orientação sexual em 2018, em entrevista ao jornal The Times. À época, contou que recebeu conselhos para manter sua vida pessoal em sigilo se quisesse continuar conseguindo papéis principais. Ele ignorou.

Sua autenticidade não diminuiu oportunidades — fez exatamente o contrário: o transformou em símbolo. Jonathan não se vendeu como o “galã gay”; ele se construiu como um galã, ponto. Essa diferença é essencial. Por isso, sua vitória na People tem peso histórico: é a validação de que masculinidades diversas, corpos diversos e sexualidades diversas podem ocupar protagonismos antes restritos.
Para jovens LGBTQIAPN+, especialmente homens gays que crescem sem referências de afeto, charme e poder no mainstream, Bailey surge como marco geracional. E faz isso com suavidade, inteligência e humor — nunca por militância imposta.
Galã no Brasil!
Jonathan Bailey está no Brasil participando de ações promocionais de Wicked: Parte 2, e a recepção mostra que o público brasileiro abraçou sua trajetória. Sempre gentil com fãs, ele reforça o contraste entre sua presença de galã e sua personalidade descontraída, espontânea e afetuosa.
A conquista do título de “Homem Mais Sexy do Mundo” acontece no auge de sua maturidade artística: ele canta, dança, atua com precisão — e, sobretudo, transita entre públicos distintos, do drama ao épico, do romance ao terror.
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