O mais recente levantamento do CIES Football Observatory — órgão de análise de futebol — revelou, nesta quinta-feira (06), a lista dos jogadores com menos de 20 anos mais valorizados do mundo. E dois brasileiros se destacaram entre os dez primeiros: o meia-atacante Estêvão e o atacante Endrick estão no ranking, o que reforça a força das promessas nacionais no cenário internacional.

Na ponta da lista dos jogadores mais valiosos está o espanhol Lamine Yamal, com avaliação estratosférica de €349,6 milhões (aproximadamente R$ 2,1 bilhões) para um jovem com menos de 20 anos.

Logo atrás, em 2.º lugar, aparece Estêvão, com valor estimado em €118,1 milhões, equivalente a cerca de R$ 727,2 milhões.

Já Endrick ocupa o 9.º lugar do ranking, com avaliação de €73,2 milhões, o que corresponde a aproximadamente R$ 450,7 milhões.

Estêvão, atualmente vinculado ao Chelsea FC da Inglaterra, vem sendo observado como um dos grandes jogadores jovens valores do futebol brasileiro. Ele marcou gol no empate do Chelsea por 2 × 2 contra o Qarabağ FK, na UEFA Champions League, o que reforça seu momento de destaque.

Endrick, por sua vez, mesmo enfrentando menor frequência de atuações na temporada 2025/26 pelo Real Madrid CF, também está entre os jogadores jovens mais bem cotados. A avaliação de €73,2 milhões considera sua projeção de carreira. Na atual temporada, o ex-palmeirense fez apenas uma partida: entrou aos 34 minutos da vitória por 4 × 0 sobre o Valencia CF.

A presença de dois jogadores brasileiros no Top 10 mundial de menores de 20 anos confirma a tradição de formação de talentos do país e a atenção internacional que eles recebem. O fato de Estêvão atingir tão alto valor de mercado — ultrapassando a casa dos 7 centenas de milhões de reais — demonstra a rapidez de sua ascensão. Já Endrick, embora tenha tido menor participação até o momento, mantém uma valorização expressiva e promissora.

Vale destacar que a avaliação considera variáveis como idade, potencial, posição, contrato, expectativas de desempenho e mercado de transferências. Ainda que o valor de mercado não garanta sucesso futuro absoluto, estar entre os dez melhores jogadores nesse ranking é um forte indicador da expectativa que o mundo do futebol depositou nesses atletas.

Para Estêvão, o momento parece impulsivo: ele já tem participação em nível elevado — e esse gol na Champions League aparece como um símbolo de que seu talento está sendo testado entre os grandes. Para Endrick, o desafio é diferente: apesar da cotação elevada, sua trajetória de jogo ainda está em fase de construção no Real Madrid, e a menor utilização nesta temporada reforça que valor de mercado e tempo de campo nem sempre caminham lado a lado.

Em termos de impacto, essa combinação brasileira entre talento emergente, valorização financeira e projeção global reforça o papel de exportação que o futebol nacional exerce. Clubes europeus, mercados de transferências e observatórios de talentos continuam de olho no Brasil — e esses dados reforçam que, mesmo com a competitividade crescente de outros países, ainda existe uma porta aberta para jogadores formados aqui se tornarem protagonistas globais.

Para o futebol brasileiro em geral, e para os leitores que acompanham a geração de ouro da base nacional, a mensagem é clara: Estêvão e Endrick simbolizam uma nova leva de jovens com potencial de impacto real — dentro e fora de campo. Resta agora observar como irão transformar essa valorização em trajetória de sucesso, conquistas e progressão constante de desempenho.