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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
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Diferença de até 148% nas mensalidades escolares acende alerta aos pais em Goiânia

Pesquisa do Procon Goiás mostra que valor da 3ª série do ensino médio pode variar de R$ 1,3 mil a R$ 3,2 mil em colégios da mesma região

Bia Salespor Bia Sales em 12 de novembro de 2025
mensalidades escolares
O Procon alerta que a escola precisa justificar o aumento com base em uma planilha de custos operacionais. (Imagem: Reprodução)

Com o fim do ano se aproximando, uma das maiores preocupações das famílias goianienses volta à pauta: o valor das mensalidades escolares. Para ajudar pais e responsáveis a comparar preços e identificar abusos, o Procon Goiás realizou uma ampla pesquisa entre os dias 27 e 31 de outubro, analisando 44 colégios particulares da capital.

O levantamento apontou diferenças em mensalidades escolaresque ultrapassam 100% entre escolas localizadas em uma mesma região. A maior variação foi registrada na 3ª série do ensino médio, em colégios da região norte, onde os valores mensais vão de R$ 1.324,00 a R$ 3.292,01 — uma diferença de 148,64%.

Na mesma área, as mensalidades escolares do Maternal II também chamaram atenção: os preços variaram entre R$ 836,00 e R$ 2.055,00, diferença de 145%.

Diferenças em todas as regiões

Na região centro-oeste, a maior oscilação foi observada no 9º ano do ensino fundamental, com mensalidades que vão de R$ 1.657,15 a R$ 3.255,00, uma diferença de 104,84%.

Na região sul, o destaque foi a 1ª série do ensino médio, com valores entre R$ 2.068,00 e R$ 4.200,00 — uma variação de pouco mais de 103%.

Já na região sudoeste, a maior diferença foi de 87,28%, observada na 5ª série do fundamental, onde as mensalidades vão de R$ 1.194,00 a R$ 2.237,00.

O Procon também avaliou escolas bilíngues, todas localizadas no Setor Marista. Nesse grupo, a maior variação nas mensalidades escolares foi registrada na 6ª série do ensino fundamental, com preços entre R$ 2.975,00 e R$ 3.697,29.

A pesquisa completa, com tabelas e relatórios comparativos, está disponível no site oficial do órgão: goias.gov.br/procon.

Pais podem pedir planilha de custos

Segundo o Procon Goiás, qualquer reajuste das mensalidades escolares deve seguir as regras da Lei Federal nº 9.870/1999, que determina que a escola precisa justificar o aumento com base em uma planilha de custos operacionais — incluindo salários, investimentos pedagógicos e reposição inflacionária.

O Procon também reforça que os responsáveis devem conferir o que está incluso nas mensalidades escolares — como material didático, agenda, sistemas de ensino, atividades extracurriculares e uso de espaços como piscina ou laboratório. Itens extras precisam estar discriminados em contrato e não podem gerar cobranças surpresa.

Atenção aos contratos

Após efetivar a matrícula, os responsáveis devem guardar cópias do contrato e dos comprovantes de pagamento. Em caso de dúvida, é possível procurar atendimento presencial no Procon Goiás ou registrar reclamação pelo site.

Outro ponto importante é que, mesmo em caso de atraso no pagamento, a escola não pode suspender provas, reter documentos do aluno ou aplicar sanções pedagógicas. O que a instituição pode fazer, conforme a lei, é negar a renovação da matrícula para o próximo ano, mas somente ao final do período letivo.

Educação pesa mais no orçamento

Com a inflação estabilizada e o custo de vida em alta, a variação de preços entre colégios revela o desafio das famílias goianienses em conciliar qualidade e orçamento.

Para 2026, a recomendação dos especialistas é pesquisar com antecedência, negociar descontos e analisar não apenas o valor, mas também a estrutura e o projeto pedagógico da escola.

Leia mais: Como encontrar a escola ideal para seu filho

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