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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Caso Leandro Lo

Velozo é absolvido pelo júri no caso da morte do lutador Leandro Lo

Velozo foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil, em investigação conduzida pelo 16º Distrito Policial, na Vila Clementino.

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 15 de novembro de 2025
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Velozo é absolvido pelo júri no caso da morte do lutador Leandro Lo. | Foto: Redes Sociais

O ex-tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo foi absolvido, nesta sexta-feira (14), da acusação de homicídio do campeão de jiu-jítsu Leandro Lo. O veredicto foi definido pelo Conselho de Sentença, que acolheu a tese de legítima defesa apresentada pela defesa do militar. A informação foi confirmada pelo advogado Guilherme Drabovski, integrante do Escritório Dalledone, responsável pela representação jurídica de Velozo.

Leandro Lo Pereira do Nascimento morreu após ser atingido por um disparo na cabeça durante um show realizado no Esporte Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada de 7 de agosto de 2022.

Ao longo de todo o processo, a defesa do réu sustentou que o policial reagiu para se proteger em meio ao confronto e destacou inconsistências nos depoimentos de testemunhas, argumento que, segundo os advogados, contribuiu para o entendimento do júri. O julgamento ocorreu no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, e se estendeu por três dias, com início na quarta-feira (12).

“O escritório Dalledone & Advogados Associados informa que, após três dias intensos de julgamento, o Tribunal do Júri absolveu, na noite desta sexta-feira (14), o tenente Henrique Velozo, acusado pela morte do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo. O advogado Cláudio Dalledone Junior destacou que as provas trazidas ao processo demonstraram que o policial se defendeu do lutador. “Desde o início, a defesa demonstrou, por meio de provas e análises técnicas, que Henrique Velozo agiu em legítima defesa, depois de ser agredido e desmaiado por Leandro Lo”, explicou. Durante o julgamento, a defesa também destacou contradições nos relatos de testemunhas. “Nada encaixava com a dinâmica real dos fatos. E foi justamente isso que a defesa conseguiu expor ao longo do julgamento. Testemunha após testemunha, mostramos que o próprio conjunto probatório desmontava a versão inicial. A absolvição de hoje é o reconhecimento de que a verdade prevaleceu”, disse o advogado Renan Canto. Com a absolvição, o tenente Henrique Velozo deixa o plenário como integrante da Polícia Militar e inocente das acusações que pesavam contra ele. “Leandro Lo foi um grande campeão e isso precisa ser reconhecido. Mas também é necessário reconhecer que, infelizmente, ele foi o responsável por essa tragédia”, finaliza Dalledone. O escritório Dalledone & Advogados Associados está à disposição para entrevistas e esclarecimentos”.

O caso

O episódio que resultou na morte de Leandro Lo, octacampeão mundial de jiu-jítsu, ocorreu em agosto de 2022, durante um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo. Desde o crime, o então tenente Henrique Otávio Oliveira Velozo ficou detido de forma preventiva no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte, sendo transferido para o sistema prisional comum apenas em outubro de 2025.

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Lo derrubou o policial após uma provocação, e Velozo retornou minutos depois armado. | Foto: Divulgação

De acordo com a investigação conduzida pela Polícia Civil, uma discussão iniciou o conflito dentro do clube. Testemunhas relataram que, no início da confusão, Lo teria derrubado o policial militar após uma provocação. Minutos depois, Velozo teria deixado o local e retornado armado, efetuando o disparo que atingiu o atleta na cabeça. Segundo o inquérito, após o tiro, o policial ainda teria desferido dois chutes no lutador, que já estava desacordado no chão, antes de fugir.

Velozo se apresentou à Corregedoria da Polícia Militar no dia seguinte ao crime e foi encaminhado para prestar depoimento na delegacia responsável pelo caso. A Justiça decretou sua prisão temporária, posteriormente convertida em preventiva. O ex-tenente foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil, em investigação conduzida pelo 16º Distrito Policial, na Vila Clementino.

 

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