O Vila Nova ainda nem encerrou matematicamente sua participação na Série B, mas o departamento de futebol já deixou claro que não pretende perder tempo. Enquanto a equipe cumpre seus compromissos finais no campeonato, a diretoria trabalha nos bastidores para acelerar a montagem do elenco de 2026 — e as duas primeiras peças da reformulação já estão definidas: o meia Marco Antônio, destaque do Náutico, e o atacante Ryan, revelação do Maranhão.

A chegada dos dois reforços evidencia um movimento estratégico do Tigrão: apostar em jogadores em ascensão, com números consistentes e participação direta nos acessos de seus clubes. A ideia interna é elevar o nível técnico do elenco e, ao mesmo tempo, criar uma espinha dorsal competitiva, capaz de evitar a queda de rendimento que custou ao Vila a permanência na briga pelo G-4 ao longo desta temporada.

Marco Antônio, de 25 anos, chega como o nome mais encorpado. Dono de boa capacidade de articulação e chute de média distância, o meia disputou 41 partidas pelo Náutico, marcou seis gols e participou da campanha que recolocou o Timbu na Série B. O Vila Nova decidiu amarrar a contratação até o fim de 2027, demonstrando confiança na evolução do jogador a médio prazo.

Já Ryan, de 24 anos, foi o primeiro reforço acertado e chega após se destacar no Maranhão. Em 38 jogos, marcou 10 gols e ajudou o clube nordestino a garantir o acesso da Série D para a Série C. Rápido, agressivo e bom finalizador, ele assina contrato até o fim de 2026 e deve disputar espaço em um setor ofensivo que será reformulado quase por completo.

As duas contratações seguem um padrão observado nos últimos anos da gestão colorada: atletas jovens, com métricas sólidas e potencial de revenda. Nos bastidores, a avaliação é de que a próxima temporada exigirá mais profundidade de elenco, especialmente após a queda de rendimento na segunda metade do Brasileirão, marcada por lesões, suspensões e perda de ritmo competitivo.

O Vila Nova deve anunciar novas peças nas próximas semanas, mas a diretoria evita precipitações. A ordem é acertar reforços que aumentem a intensidade do time e garantam consistência durante todo o ano — algo que faltou na atual campanha. A missão é clara: transformar 2026 em um ano de estabilidade, competitividade e, finalmente, um retorno real à disputa pelo acesso.