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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
ADULTERAÇÃO

Operação em Aparecida apreende 4,5 toneladas de palha usada para adulterar café

Polícia Civil encontrou 150 sacas de palha de café usadas para fraudar produtos industrializados; depósito e fábrica foram interditados pela Vigilância Sanitária

Micael Silvapor Micael Silva em 20 de novembro de 2025
café
Foto: Divulgação/PCGO

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Central Geral de Flagrantes de Aparecida de Goiânia, deflagrou na manhã desta quinta-feira (20/11) uma operação que resultou na apreensão de 4.500 kg de palha de café — equivalentes a 150 sacas de 30 kg — destinadas à adulteração de café industrializado. A ação também levou à interdição imediata de um depósito clandestino e da indústria responsável pelo produto.

A operação foi coordenada pelo delegado Humberto Teófilo, que recebeu uma denúncia anônima no dia 14/11, relatando o descarregamento irregular de grande quantidade de palha de café no bairro Jardim Veneza. Quando as equipes chegaram ao local, 146 sacas já haviam sido descarregadas, restando apenas quatro no caminhão.

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Foto: Divulgação/PCGO

O responsável pela movimentação, identificado como AEG, filho e sobrinho de sócios da indústria Cristal Du Puro, tentou fugir ao perceber a aproximação dos policiais, mas foi alcançado e preso em flagrante. Ele responderá pelos crimes de adulteração de produto alimentício (art. 272, §1º-A do Código Penal) e por manter em depósito produto impróprio para consumo (art. 7º, inciso IX, da Lei 8.137/90).

Outras marcas de café foram apreendidas

Durante a ação, foram apreendidas também diversas unidades de café das marcas Cristal Du Puro e Café Granado. Documentos encontrados no local mostram que esses produtos eram fornecidos via licitação para municípios como Minaçu, Carmo do Rio Verde, Vila Boa, Santa Fé de Goiás, Guapó, Abadia de Goiás, Anicuns, Goianira, Senador Canedo, Paraúna, Joviânia, Santa Helena de Goiás, Leopoldo de Bulhões, Silvânia e Piracanjuba.

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Foto: Divulgação/PCGO

A Vigilância Sanitária Municipal interditou tanto o depósito quanto a indústria, lavrando os autos cabíveis. Amostras foram encaminhadas para perícia oficial e também para análise da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café), que irá verificar a pureza do produto e o uso regular do Selo de Pureza.

O delegado Humberto Teófilo afirmou que a investigação continua e que já foram solicitadas ao Judiciário medidas cautelares para manter a indústria suspensa por 90 dias, até a conclusão dos laudos técnicos.

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