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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Trajetória esmeraldina

Goiás busca 6º acesso à Série A em jogo decisivo

Agora, o Goiás entra em campo para tentar repetir o que já fez cinco vezes: subir.

Herbert Alencarpor Herbert Alencar em 23 de novembro de 2025
Goiás
Foto: Divulgação

O Goiás está a um passo de escrever novamente seu nome na elite do futebol brasileiro. Uma vitória simples – e até mesmo um empate, dependendo da combinação de resultados – diante do Remo, neste domingo, às 16h30, no Mangueirão, pode garantir o sexto acesso do Verdão em toda sua história na Série B.
A expectativa é enorme, mas a pressão também. E não é para menos: cada um dos cinco acessos anteriores carrega momentos marcantes, personagens históricos e viradas de capítulo que moldaram a identidade competitiva do clube.

Uma história de retornos

O primeiro acesso veio em 1994, ainda em um formato totalmente diferente do atual. Com regularidade nas fases de grupos e força na semifinal contra a Desportiva-ES, o Goiás chegou à decisão e conquistou a vaga na elite com gols de Baltazar e Marcelo Batista. O troféu não veio — perdeu a final para o Juventude —, mas a campanha abriu as portas para uma era de afirmação nacional.

Cinco anos depois, em 1999, o Verdão não apenas voltou à Série A como levantou a taça da Segundona. Era um time que hoje soa quase mítico para o torcedor: Harlei, Sílvio Criciúma, Araújo, Dill, Túlio e Fernandão. O acesso veio em grande estilo, com vitória por 1 a 0 sobre o Vila Nova no quadrangular final e gol decisivo de Dill. Hélio dos Anjos comandava a equipe.

Leia também: Remo x Goiás: horário e prováveis escalações da vaga decisiva no G-4

O retorno seguinte viria apenas em 2012, mas novamente com título. Enderson Moreira montou um elenco equilibrado e ofensivo, com Ricardo Goulart, Egídio, Yarley e Walter como motores de uma equipe que cresceu de forma avassaladora no segundo turno. A confirmação do acesso ocorreu no 3 a 0 sobre o Barueri; o título, na virada por 2 a 1 contra o Joinville.

Em 2018, a história se repetiu com contornos completamente diferentes. O ano começou turbulento com Hélio dos Anjos, mas Ney Franco reconstruiu o Goiás ao apostar em um jovem que se tornaria símbolo: Michael. Ao lado dele, Giovanni e o artilheiro Lucão, autor de 16 gols, conduziram o time ao quarto lugar. A vitória por 3 a 1 sobre o Oeste, de virada, garantiu o acesso.

O capítulo mais recente é de 2021. Em uma temporada de instabilidade, três técnicos comandaram o clube — Pintado, Marcelo Cabo e, por fim, Glauber Ramos, que levou um elenco modesto ao vice-campeonato e ao acesso. Alef Manga brilhou com 10 gols, e Élvis marcou um dos tentos da vitória por 2 a 0 sobre o Guarani, no Brinco de Ouro, partida que selou o retorno verde à elite.

Na torcida do outro lado do mundo

Entre os personagens dessa trajetória, um deles segue acompanhando tudo, mesmo a quase 20 mil quilômetros de Goiânia: Lucão do Break. Artilheiro do acesso de 2018, hoje no Hai Phong, do Vietnã, ele revela que está vivendo o momento “com coração na mão”.

— Vai ser um jogo muito difícil. O Anselmo Ramon está acostumado com esses momentos decisivos. O conselho é: teve meia chance, mata! — disse o atacante ao Globo Esporte.
A confiança dele é grande: aposta em gol do atual camisa 9 para confirmar o acesso.

Lucão, que voltou ao Goiás em 2020, não esconde o carinho pelo clube. Ele conta que, por ser de Brasília, sempre teve amigos na base esmeraldina e que cresceu acompanhando o Verdão:
— É o maior time do Centro-Oeste. Sempre tive esse carinho desde criança.

Além disso, o atacante relembrou a parceria com Michael, revelando uma combinação que virou símbolo do time em 2018:
— Eu falei para ele: “Faz seu jogo. Eu me adapto a você”. Michael tinha aquela leitura de várzea, então eu deixei ele livre. Só precisei entender os lugares onde eu estaria e criar minhas próprias linhas de apoio.

Um novo capítulo para o Goiás

Agora, o Goiás entra em campo para tentar repetir o que já fez cinco vezes: subir.
Mas mais do que isso, o clube luta para transformar 2025 em um ano de reconstrução, afirmação e esperança. As memórias dos acessos anteriores mostram que o Verdão sempre encontrou força nos momentos decisivos — e o jogo no Mangueirão promete mais uma tarde para entrar nos livros.

Se vencer, o Goiás alcançará o sexto acesso de sua história.
Se empatar, pode subir.
Se perder, dependerá de combinação.

O que não muda é a certeza: a camisa pesa, o torcedor empurra — até do Vietnã — e o clube sabe que está muito perto de um novo capítulo no topo do futebol brasileiro.

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