TSE pode autorizar armadilha que matou chapa de senador
Em 2022, uma consulta do então deputado federal Delegado Waldir (União Brasil), hoje presidente do Detran-GO, resultou na liberação de múltiplas candidaturas a senador seguindo uma chapa de governador. O resultado final seria ruim para Waldir: dividiu-se demais a preferência da base de Ronaldo Caiado, que tinha três senatoriáveis (Waldir, Alexandre Baldy do PP e Vilmar Rocha do PSD), e todos acabaram derrotados por Wilder Morais (PL). Pois o raio pode cair de novo nas mesmas cabeças: o Republicanos nacional perguntou ao TSE se a coligação pode ser aberta quando a renovação é de 2/3 do Senado. Se a resposta do Tribunal for “sim”, a armadilha estará no ponto novamente.
Os três principais concorrentes a governador (Wilder, Daniel Vilela do MDB e Marconi Perillo do PSDB) só têm a ganhar com a profusão de aliados tentando. Wilder tem no PL no mínimo três opções: o vereador Vitor Hugo, o deputado federal Gustavo Gayer e o ex-deputado estadual Fred Rodrigues. Marconi vai agradar ao centro e à esquerda, se forem com ele. Daniel, assim, conseguiria satisfazer a vasto arco de alianças – a seu MDB com duas pré-candidaturas, a do ex-prefeito de Rio Verde Paulo do Vale e a da empresária Ana Paula Rezende (leia texto na página 7 desta edição); ao UB, que além da primeira-dama Gracinha Caiado tem o deputado federal Zacharias Calil; ao PSD de Vanderlan Cardoso, em busca de reeleição; ao PP de Baldy, que se vitaminou na Agehab com as entregas de moradias no estilo Caiado: os beneficiários não precisam pelas casas ou pelos apartamentos.
Furdúncio para uns, furúnculo para outros, futuro para os demais.