Prefeitos abandonam padrinhos e há a dúvida: opção ou traição?
Adib Elias e Paulo do Vale são médicos, caiadistas e líderes máximos de duas regiões ricas de Goiás, o Sudeste e o Sudoeste. Eram prefeitos reeleitos e fizeram os sucessores em Catalão, a Capital do Minério, e Rio Verde, a Capital do Agro. Ambos são secretários, um no Governo (Seinfra), outro no município (Governo), e pré-candidatos a deputado.
As semelhanças acabam aí: seus substitutos tomaram medidas diferentes, Avelomar Rios vai apoiar a reeleição de Jamil Calife à Assembleia, em vez de Adib; Wellington Carrijo permanece firme com a família Do Vale: Paulo a estadual e seu filho Leandro a federal.
Argumento Velomar: Jamil era o estadual do grupo, Adib iria a federal ou a vice de Daniel
Vilela. Adib trocou de ideia e vai à Alego, mas Velomar se manteve com Jamil. O prefeito não foi o único adibista a continuar com Jamil: dos 12 vereadores de sua base em Catalão, nove quiseram continuar com Jamil. Na vizinhança, sobraram três prefeitos para Adib, o restante vai de Jamil.
Em outros lugares importantes a corda já foi roída. Em Goiatuba, o prefeito Alberto Betinho e seu padrinho Zezinho Vieira romperam, apesar de ser cutícula e unha encravada. Em Sanclerlândia, Zé Gordo foi lançado por Itamar Leão e o trata como inimigo. Em Nerópolis, o prefeito Luiz Alberto quer distância de Gil Tavares. Detalhe: Velomar, Zezinho, Zé Gordo e Dr. Luiz Alberto não teriam a menor chance sem seus tutores.
Em Goiânia, é parecido: o governador Ronaldo Caiado tirou Sandro Mabel da aposentadoria, fez dele prefeito e recebe em troca ingratidão e resmungos, além do péssimo mandato.