Danilo do Fla, Joesley e Michelle, vez dos personagens improváveis
A Copa Libertadores existe desde 1960. Passou a Era Pelé (ganhou duas com o Santos), a Era Zico (uma com o Flamengo) e só agora um clube brasileiro chega ao 4º título. Portanto, é difícil vencê-la. No fim de semana passado, o defensor Danilo, do Fla, fez o gol da vitória sobre o Palmeiras e obstruiu o chute de Vitor Roque que empataria o jogo. Herói inesperado.
Do futebol para a diplomacia, o empresário goiano Joesley Batista ajudou a convencer o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a reconsiderar as supertaxas. Agora, foi à Venezuela avisar ao ditador Nicolás Maduro que o melhor é deixar o cargo. O Ministério das Relações Exteriores custa R$ 3 bilhões ao ano e Joesley o superou como verdadeiro embaixador da economia nacional.
Do Itamaraty para o Planalto, Michelle de Paula tem um Bolsonaro marido e um enteado chefe político do clã. Mas foi dela a coragem de levar aos palanques estaduais os recados de sobrevivência do bolsonarismo.
Do Federal para o Estado, essas novidades teriam espaço? Joesley nasceu em Formosa, no Entorno de Brasília, numa época em que tanto a região quanto sua família eram pobres – hoje, sua família é uma das mais ricas do mundo e o Entorno continua carente. No próximo abril despedaçado, três goianos de Anápolis deixarão governos – Ronaldo Caiado (GO), Antônio Denarium (RR), Mauro Mendes (MT), mas outros dois vão assumir chefias de Executivo (a goianiense Celina Leão, no DF, e Mateus Simões, de Minas Gerais, que nasceu em Gurupi antes da separação do Tocantins). É só. Os protagonistas vão continuar os mesmos.