Fogos de artifício exigem cuidados redobrados com pets
Médica veterinária dá dicas para cuidar dos animais de estimação durante a queima de fogos
Os fogos de artifício costumam fazer parte das celebrações de fim de ano, mas representam um risco real para cães e gatos. Com audição muito mais sensível do que a humana, os pets podem reagir com medo intenso aos estampidos, o que aumenta a chance de fugas, ferimentos e até agravamento de problemas de saúde. Por isso, especialistas alertam que a preparação dos tutores é fundamental para atravessar o período com mais segurança.
Durante as festas, é comum que animais tentem se esconder, pulem janelas, se prendam em portões ou se enrosquem em coleiras ao tentar escapar do barulho dos fogos de artifício. Conhecer técnicas de acolhimento e prevenção ajuda a reduzir o estresse e a evitar acidentes.

Não deixe o pet sozinho
A presença do tutor é um dos fatores mais importantes para acalmar o animal durante a queima de fogos de artifício. Quando ficam sozinhos, muitos pets entram em estado de alerta e tentam fugir. “A presença do responsável também é fundamental para pets com epilepsia ou doenças cardíacas e pulmonares, já que o barulho pode ser um gatilho para uma crise convulsiva ou agravar quadros clínicos. Com o tutor por perto, o reconhecimento dos sinais de piora e o socorro adequado acontecem de forma muito mais rápida”, explica Camila Canno Garcia, médica veterinária da Petz.

Crie um ambiente seguro
Separar um espaço tranquilo dentro de casa ajuda o animal a se sentir protegido. Um quarto com portas e janelas fechadas, cortinas e iluminação suave pode funcionar como refúgio. A veterinária orienta que o local seja preparado com antecedência, com caminha, brinquedos, comida, água e até feromônios calmantes. A atitude do tutor também faz diferença, já que os pets tendem a reproduzir o comportamento humano diante do estresse causado pelos fogos de artifício.

Medicação e adaptação aos sons
Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos. “Existem várias alternativas de medicamentos para esses casos, mas é preciso ter cuidado. É crucial que o responsável consulte um veterinário de confiança para que ele possa avaliar a melhor opção, de acordo com o caso, saúde e individualidade do pet”, explica Camila.
Outra estratégia indicada é a dessensibilização ao longo do ano, com exposição gradual a sons altos. Vídeos e programas com ruídos semelhantes, associados a carinho e petiscos, ajudam o animal a criar associações positivas e a reagir melhor aos fogos de artifício.
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