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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
O ABUSO FOI PRESENCIADO

Idosa denuncia abuso sexual durante internação no Hugol, em Goiânia

O abuso teria ocorrido enquanto a paciente aguardava vaga em semi UTI

Micael Silvapor Micael Silva em 15 de dezembro de 2025
Abuso
Foto: Governo de Goiás

Uma idosa de 74 anos denuncia ter sido vítima de abuso sexual enquanto estava internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. O caso teria ocorrido na madrugada do último domingo (14).

A filha relatou ao portal Mais Goiás que a idosa estava com mobilidade reduzida e sob efeito de medicação quando um médico foi chamado para auxiliá-la. O crime teria ocorrido enquanto a paciente permanecia em uma sala de reanimação, aguardando vaga em uma semi UTI, sem acompanhante. De acordo com a família, o abuso foi presenciado por um paciente internado no leito ao lado, que se recuperava de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Segundo o relato da vítima, durante o atendimento, o médico se aproximou de forma inadequada e iniciou toques em suas partes íntimas sem consentimento. O profissional permaneceu no leito entre 2h59 e 3h17. A paciente afirmou que permaneceu deitada, sem condições de se defender, enquanto era abusada. Ela relatou que pedia para que o suspeito parasse, mas não foi atendida.

Os fatos também teriam sido presenciados por um paciente internado no leito ao lado, em recuperação de um derrame. Por estar anestesiado e em condição clínica delicada, ele não conseguiu reagir fisicamente no momento do ocorrido e só procurou a assistência social do hospital na manhã seguinte, quando conseguiu se locomover. “Ele percebeu que algo estava errado e pediu ajuda, mas não tinha condições de intervir”, relatou a filha da paciente.

Após a denúncia, equipes policiais foram acionadas e se deslocaram até a unidade hospitalar, onde a paciente voltou a relatar que foi abusada enquanto permanecia deitada no leito. Registros do sistema de monitoramento confirmaram que o médico permaneceu junto à paciente por cerca de 18 minutos durante a madrugada. De acordo com o boletim de ocorrência, as imagens não foram anexadas ao registro devido às normas de segurança da unidade.

A filha informou ainda que a mãe enfrenta problemas respiratórios crônicos, faz uso contínuo de oxigênio e havia retornado recentemente ao hospital após sofrer uma queda em casa. Mesmo tendo recebido alta dias antes, a idosa apresentou agravamento do quadro respiratório. Segundo ela, a gestão da unidade só adotou providências administrativas após a chegada da polícia. “Até a equipe policial chegar, nenhuma medida tinha sido tomada”, afirmou.

Ainda conforme o relato, o médico chegou a ser visto sentado ao lado de outros profissionais, ainda com vestimentas hospitalares, em frente ao balcão de atendimento do plantão, a menos de quatro metros da vítima. Ele não foi mais visto no local cerca de oito minutos antes da chegada da Polícia Militar. A paciente segue internada, acompanhada por familiares, enquanto o caso é apurado pela Polícia Civil.

Em nota enviada ao jornal O HOJE, O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) informa que, ao tomar conhecimento de uma denúncia envolvendo possível conduta inadequada no ambiente hospitalar, adotou imediatamente todas as providências previstas em seus protocolos internos.

A unidade acionou as autoridades competentes, com registro de boletim de ocorrência, realizou o acolhimento da paciente e de seus familiares e, de forma preventiva, determinou o afastamento do profissional citado até que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos.

Até o momento, conforme as apurações iniciais, não é possível afirmar com precisão as circunstâncias do ocorrido. O Hugol reforça que repudia qualquer forma de violação de direitos, atua com responsabilidade e transparência, e permanece à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários.

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