Gripe volta ao radar global após alerta da OMS sobre avanço do vírus H3N2
Circulação acelerada da gripe em países do hemisfério norte reacende atenção de autoridades de saúde e reforça importância da vacinação
A gripe voltou a ocupar o centro das atenções das autoridades sanitárias internacionais após a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitir um alerta sobre o aumento da circulação do vírus influenza A H3N2 em países da Europa, da América do Norte e da Ásia. Embora o subtipo seja conhecido há décadas, o ritmo acelerado de disseminação acendeu um sinal de vigilância nos sistemas de saúde.
De acordo com monitoramentos recentes, a gripe causada pelo H3N2 já representa uma parcela expressiva dos casos registrados nessas regiões. O cenário levou também a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a recomendar o fortalecimento da vigilância epidemiológica e a ampliação da cobertura vacinal, sobretudo entre idosos e pessoas com doenças crônicas.
Por que o alerta preocupa autoridades de saúde
A OMS esclarece que o alerta não está ligado ao surgimento de uma mutação inédita, mas ao histórico do subtipo. Em temporadas em que a gripe H3N2 predomina, observa-se aumento de hospitalizações e de complicações respiratórias em grupos mais vulneráveis. Esse padrão já foi registrado em surtos anteriores e exige atenção antecipada.
Segundo a OPAS, a gripe continua sendo uma das principais causas de adoecimento respiratório no mundo, especialmente quando encontra populações com baixa imunização ou diagnóstico tardio. Por isso, a recomendação é agir antes que os sistemas de saúde fiquem sobrecarregados.

Sintomas da gripe seguem padrão conhecido
Apesar do nome popular que circula nas redes sociais, os sintomas da gripe não diferem das formas sazonais já conhecidas. Febre, dor no corpo, cansaço intenso, tosse, dor de garganta e mal-estar geral permanecem como os sinais mais comuns. O diferencial está no impacto mais severo que a gripe pode causar em idosos e pessoas com comorbidades.

Situação no Brasil e medidas preventivas
Até o momento, dados de plataformas internacionais de vigilância, citadas pela OMS, não indicam circulação expressiva do H3N2 no Brasil. Ainda assim, especialistas alertam que o comportamento da gripe pode mudar rapidamente, especialmente em períodos de maior circulação de pessoas.
A vacinação segue sendo a principal ferramenta de proteção contra a gripe, reduzindo o risco de formas graves e mortes. A OPAS reforça que, além da imunização, medidas simples como higiene das mãos, etiqueta respiratória e isolamento em caso de sintomas continuam fundamentais.
