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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
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Dormir mais ou ir treinar? Estudo revela o que é melhor

Pesquisa indica que o sono tem impacto maior na expectativa de vida do que dieta e exercícios

Bia Salespor Bia Sales em 17 de dezembro de 2025
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(Imagem: Unsplash)

Alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e uma boa noite de sono costumam ser apontados como pilares de um envelhecimento saudável. Mas, quando o assunto é longevidade, um novo estudo sugere que dormir bem pode ser ainda mais determinante do que ir à academia.

A pesquisa foi publicada no início deste mês na revista científica Sleep Advances e revelou que dormir pouco pode encurtar a expectativa de vida. De acordo com os dados analisados, o sono se destacou como um fator mais relevante para a longevidade do que a alimentação, o exercício físico e até mesmo o isolamento social, ficando atrás apenas do tabagismo como principal risco evitável.

“Eu não esperava encontrar uma correlação tão forte com a expectativa de vida”, afirmou Andrew McHill, autor sênior do estudo, em comunicado à imprensa. “Sempre soubemos que o sono é importante, mas esta pesquisa realmente reforça essa ideia. As pessoas deveriam se esforçar para dormir entre sete e nove horas por noite, sempre que possível”, completou.

Como o estudo foi feito

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(Imagem: Reprodução)

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram um amplo banco de dados nacional dos Estados Unidos, cruzando informações sobre a expectativa média de vida em diferentes condados com dados de saúde coletados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) entre 2019 e 2025.

Foi considerado sono suficiente o descanso de pelo menos sete horas por noite, conforme recomendação da Academia Americana de Medicina do Sono e da Sociedade de Pesquisa do Sono. Segundo os pesquisadores, noites mal dormidas estão associadas a prejuízos importantes para a saúde cardiovascular, o sistema imunológico e a função cerebral.

Embora a importância do sono já fosse amplamente reconhecida pela ciência, os autores afirmam que ficaram surpresos com a força da associação entre dormir bem e viver mais.

“É algo intuitivo e faz muito sentido, mas ainda assim foi impressionante ver essa relação aparecer de forma tão consistente em todos os modelos analisados”, destacou McHill. “Mesmo entendendo os benefícios fisiológicos do sono, a intensidade dessa ligação com a expectativa de vida foi notável.”

Sono precisa ser prioridade

O estudo reforça a necessidade de tratar o sono como um hábito essencial, e não como algo secundário. “Precisamos priorizar o sono tanto quanto priorizamos o que comemos ou como nos exercitamos”, afirma o pesquisador. “Muitas vezes, encaramos o sono como algo que pode ser sacrificado durante a semana e compensado depois, o que não é verdade.”

Como dormir melhor

Para garantir uma boa noite de sono e melhorar a saúde a longo prazo, especialistas recomendam algumas medidas simples:

  • Estabelecer horários regulares para dormir e acordar;

  • Criar uma rotina noturna, com rituais relaxantes, como banho quente;

  • Evitar cochilos prolongados durante o dia;

  • Preparar o ambiente para dormir, com pouca luz e silêncio;

  • Manter uma alimentação equilibrada, com foco em alimentos naturais;

  • Evitar o uso de telas antes de dormir;

  • Praticar exercícios físicos regularmente, mas não muito tarde;

  • Reduzir o consumo de cafeína à noite;

  • Diminuir estímulos sonoros;

  • Cuidar da saúde mental.

A conclusão do estudo é clara: treinar é importante, comer bem também — mas dormir bem pode ser o diferencial para viver mais e melhor.

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