O empresário e presidente do PSD do Distrito Federal, Paulo Octávio, está de malas prontas para deixar a legenda, mas ainda não definiu qual será o destino. Especula-se que pode ser o PP, comandado pela vice e pré-candidata a governadora do Distrito Federal, Celina Leão. O dilema de PO, como é conhecido pelos amigos e aliados, está ligado a dois fatores: seu filho André Kubitschek, que comanda a Secretaria da Juventude e a filiação de José Roberto Arruda ao PSD.

André precisa de visibilidade política para conquistar uma vaga de deputado federal em 2026, mas a entrada de Arruda no PSD como candidato a governador do DF bate frontalmente com a manutenção de três secretarias sob o comando dos pessedistas. PO terá que escolher entre o projeto político do filho ou caminhar com a Arruda e perder as secretarias. Pessoas próximas ao ex-governador José Roberto Arruda avaliam que Paulo Octávio “se apequena” ao ceder politicamente em troca de secretarias e eleger o filho. “No PSD ele tem mais chance”, diz a fonte.

Enquanto esse enrosco não se resolve, Arruda articula para atrair mais aliados para o PSD com o aval do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. Aliados de Arruda afirmaram à coluna que muitas lideranças têm se comprometido a apoiar Arruda para governar. É consenso no meio político que o PL do DF pode perder muitas lideranças para a candidatura do PSD.

Deu a louca no Joviano Júnior

O ex-prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, foi agredido com agressões verbais nesta sexta-feira (19) pelo secretário da Agricultura e Abastecimento do município, Joviano Júnior, marido da prefeita Maysa Cunha. O constrangimento foi justamente na recepção à primeira-dama Gracinha Caiado na abertura da edição do Goiás Social. Naçoitan é amigo da coordenadora dos programas sociais do governo de Ronaldo Caiado e uma das lideranças mais populares do Oeste goiano. No entanto, Joviano Júnior e Maysa são desafetos de Naçoitan.

Grosseria pública

“Júnior quebrou as regras de civilidade ao promover um tumulto quando o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e a coordenadora dos programas sociais, Gracinha Caiado, cumprimentavam as pessoas, inclusive Naçoitan.” Sob gritos de “você não é bem vindo aqui” e seguiu com agressões verbais. “Além da grosseria pública, uma afronta às autoridades presentes”, conta o vereador.

Doutrina Trump

Apesar da aproximação entre Lula e Trump, a cúpula do PT avalia que o presidente norte-americano deve atuar na eleição de 2026 em favor de um candidato de direita. A leitura é que Trump tem resgatado a “Doutrina Truman” para conter a influência chinesa e russa na América Latina.

Parlamentarismo

A comissão mista do Congresso aprovou o Orçamento de 2026 com R$ 61 bilhões em emendas parlamentares, volume que tende a dificultar a renovação na Câmara. Com cofres cheios, mandatários ampliam o poder junto a prefeitos comprando apoio com obras. Esse arranjo de forças reforça a leitura de que o Brasil deixou o presidencialismo de cooptação, em que o presidente comprava apoio com cargos, e passou a viver um parlamentarismo de cooptação, no qual o Congresso sequestrou o Orçamento.

Perseguição política

A operação da Polícia Federal contra Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio, foi vista no meio político como o primeiro movimento do STF contra a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL) à presidência. Nos bastidores, pesa o fato de a ação ter sido autorizada por Flávio Dino, ex-PCdoB e ex-ministro da Justiça de Lula (PT), logo depois que o filho de Bolsonaro apareceu bem nas pesquisas presidenciais.

Rota 22 só em janeiro – O projeto ‘Rota 22’, elaborado pela Fundação Álvaro Valle, braço teórico e ideológico do PL, visa fortalecer a direita em todo o País. Em Goiás, o presidente do partido, Wilder Morais, dá uma parada e  só retorna em 14 de janeiro às reuniões nos municípios goianos.