A Rússia reiterou nesta segunda-feira (22) apoio político e diplomático à Venezuela em meio ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos ao trânsito de navios petroleiros que entram e saem do país e à sequência de apreensões de embarcações na costa venezuelana. A movimentação ocorre em um cenário de escalada das tensões no Caribe, impulsionada por medidas anunciadas pelo governo de Donald Trump.

Após conversa telefônica com o chanceler russo, Sergey Lavrov, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, afirmou que Moscou reafirmou solidariedade ao governo de Nicolás Maduro. Segundo ele, Lavrov “expressou a firme solidariedade da Rússia com o povo da Venezuela e com o presidente Nicolás Maduro Moros, e reafirmou seu total apoio diante das hostilidades contra nosso país”.

Rússia e China saem em defesa de Caracas

Gil disse ainda que a Rússia garantiu “todo o respaldo” às ações da Venezuela no Conselho de Segurança da ONU. Com isso, Moscou se somou à China, que também manifestou apoio ao regime venezueluelano diante da apreensão de petroleiros próximos à costa do país. Rússia e China estão entre os principais aliados internacionais de Caracas.

O chanceler venezuelano declarou que discutiu com Lavrov as “agressões e violações flagrantes do direito internacional” atribuídas aos Estados Unidos na região. Na semana passada, a chancelaria russa alertou que o aumento das tensões entre Washington e Caracas poderia gerar “consequências imprevisíveis” para o Ocidente.

Na terça-feira passada (16), Trump afirmou que a Venezuela estaria “cercada” pela “maior armada já reunida na história da América do Sul” e anunciou um “bloqueio total” a petroleiros sancionados. Até o momento, dois navios foram apreendidos e uma terceira embarcação foi interceptada neste domingo (21).

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