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segunda-feira, 29 de dezembro de 2025
Atenção as datas

Produtores goianos têm até 31 de dezembro para atualizar declaração de rebanho

Agrodefesa alerta que dados no Sidago são essenciais para a sanidade animal e mostram força da pecuária goiana, que já supera 22,8 milhões de cabeças de gado

Renata Ferrazpor Renata Ferraz em 29 de dezembro de 2025
Declaração de Rebanho
Divulgação/Agrodefesa

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) reforçou o alerta aos produtores rurais de Goiás sobre o fim do prazo da segunda etapa da Declaração de Rebanho de 2025. Os pecuaristas têm até o dia 31 de dezembro para acessar o Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) e atualizar as informações referentes aos rebanhos existentes em propriedades dos 246 municípios do Estado. A medida é obrigatória e considerada estratégica para o planejamento das ações de defesa sanitária e para a manutenção da competitividade do agro goiano.

Nesta etapa, os produtores devem informar dados atualizados sobre nascimentos, mortes e a evolução dos rebanhos ao longo do ano. A exigência abrange diversas espécies, incluindo bovinos, bubalinos, equinos, ovinos, caprinos, aves, suínos de subsistência, animais aquáticos e abelhas. A Agrodefesa orienta que a declaração não seja deixada para os últimos dias, a fim de evitar dificuldades de acesso ao sistema e possíveis instabilidades.

Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, a Declaração de Rebanho é uma ferramenta essencial para a defesa agropecuária em Goiás. De acordo com ele, os dados coletados permitem planejar ações mais eficientes de controle sanitário e garantir a sanidade dos rebanhos. 

“Com informações atualizadas, conseguimos fortalecer os programas sanitários, proteger a produção e impulsionar ainda mais o agro goiano. Por isso, reforçamos a importância de cumprir o prazo, que se encerra em 31 de dezembro”, destaca.

O detalhamento das informações varia conforme a espécie declarada. No caso de bovinos e bubalinos, os produtores precisam informar o mês de nascimento dos animais nascidos após a primeira etapa da declaração, realizada em maio.

Conforme explica a gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, essa segmentação por faixa etária representa um avanço importante. “Precisamos conhecer melhor o tamanho do rebanho jovem, que é foco de ações sanitárias fundamentais, como o combate à brucelose”, afirma.

A declaração deve ser feita, preferencialmente, de forma online, por meio do Sidago. No entanto, produtores que enfrentarem dificuldades técnicas podem procurar atendimento presencial em uma das unidades da Agrodefesa espalhadas pelo Estado. 

A autarquia também reforça que o produtor não deve compartilhar seus dados de acesso ao sistema. Quando a gestão do cadastro for terceirizada, o correto é utilizar a ferramenta de procuração eletrônica, que garante acesso formal e seguro.

Em 2024 e 2025 a declaração de rebanho superou os 20 milhões de cabeças de bovinos

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Agrodefesa

Dados da própria Agrodefesa mostram a dimensão da pecuária goiana. No primeiro semestre de 2025, Goiás registrou um rebanho bovino de 22.884.678 cabeças, número superior ao declarado na segunda etapa de 2024, quando foram contabilizadas 22.737.550 cabeças. 

Para a agência, o crescimento reflete a força da pecuária no Estado, a confiança dos produtores no trabalho desenvolvido e o aumento da adesão ao Sidago. A expectativa é de que os números consolidados ao fim da segunda etapa deste ano confirmem a manutenção ou até a ampliação desse cenário.

Além do gado bovino, Goiás apresenta um rebanho diversificado e expressivo. Na primeira etapa da declaração de 2025, foram registradas mais de 118,6 milhões de aves, 2 milhões de suínos, além de equídeos, ovinos, caprinos e colmeias distribuídos em milhares de propriedades. 

Para a Agrodefesa, a atualização correta dessas informações é fundamental para o monitoramento sanitário, a definição de políticas públicas e a abertura de novos mercados.

A agência alerta ainda que produtores que não realizarem a declaração dentro do prazo ficam inadimplentes e podem sofrer sanções, como bloqueio no Sidago e impedimento para movimentação de animais. 

Por isso, a orientação é clara: manter os dados em dia é uma responsabilidade legal e também um passo decisivo para fortalecer a sanidade animal e o protagonismo de Goiás no cenário agropecuário nacional.

Leia mais: Brasil bate recorde no turismo internacional e crescimento impulsiona economia de Goiás

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