Coluna

7 de setembro dividido entre o verde, o amarelo e o vermelho

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 04 de setembro de 2023

Desde o governo de Michel Temer, o breve, e os quatro anos de Jair Bolsonaro, o verde e amarelo predominaram nas comemorações do 7 de setembro. No entanto, nesta quinta-feira (7), a expectativa é de uma comemoração discreta, menos ruidosa e sem fervor patriótico. Até ai normal, afinal, o mandatário da vez é o presidente Lula, líder da esquerda e do PT, que não prima muito pelo verde e amarelo. O presidente Lula disse que vai acabar com o “uso político da bandeira brasileira”, mas não disse qual será o método. Por segurança, os 30 mil participantes da claque nas arquibancadas, em Brasília, vão ser monitorados o tempo todo. Mas nem tudo será como o imaginado pelos novos inquilinos do poder. Em várias partes do País, a tradicional festa da Independência foi cancelada em sinal de protesto, não pela data, mas pelo corte no repasse de 20% do FPM e também pelos bolsonaristas. No caso do Paraná, em que a maioria das prefeituras aderiram ao movimento, a alegação é a crise econômica em que se encontram as prefeituras. Já em Brasília, a governadora em exercício, Celina Leão (PP), mobilizou 2,5 mil homens da Polícia Militar e Civil nas celebrações para evitar protestos como o de 8 de janeiro deste ano. Portanto, será um 7 de setembro sob controle e sem manifestação contrária ao governo, principalmente vaias ao presidente Lula. O verde amarelo do passado tende a permanecer em casa com sua bandeira no canto da sala. O 7 de setembro de 2023 será dividido novamente entre o verde, o amarelo e  o vermelho.

Prefeituras goianas sem desfile

“Nada para comemorar”, disse um prefeito de uma cidade média em Goiás para a Xadrez. De acordo com ele, “este mês a arrecadação mal deu para pagar a folha dos funcionários”. Não está descartado fechar as portas da prefeitura antes do 7 de setembro. “Atividade econômica em queda e sem FPM, é melhor fechar”, diz.

Continua após a publicidade

“AGM e FGM…

… sofrem críticas em grupos de WhatsApp”, diz um prefeito à Xadrez. Eles alegam que as duas entidades não se mobilizam em protesto pela situação em que se encontram as prefeituras. “Vamos ver se no dia 14 eles tomam uma atitude mais crítica em relação ao Governo Federal”, disse um prefeito da Região Norte de Goiás.

Mais prefeitos

A base ampla do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, planeja eleger mais de 200 prefeitos aliados, distribuídos em vários partidos. É o primeiro passo para a pré-campanha presidencial que deve ser lançada logo depois da eleição municipal.

Base caiadista

O governador Ronaldo Caiado (União) está focado mais na gestão neste restante de ano e só vai tratar efetivamente de política no início de 2024. Caiado e Daniel Vilela avaliam eleger quase 200 prefeitos nas várias siglas que compõem a base caiadista.

Daniel, a ponte

O presidente regional do MDB e vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, tem desempenhado papel estratégico para o governador Ronaldo Caiado (União). Daniel é a ponte entre o Governo Federal e Goiás devido ao seu bom trânsito junto aos principais ministérios comandados pela legenda.

Renan aqui

É o caso do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), que desembarca em Jataí nesta quarta-feira (5). O ministro, Daniel e o prefeito do município, Humberto Machado (MDB), inauguram o Anel Viário da cidade e ordem de serviço para recuperar trecho urbano destruído por caminhões pesados.

Silvano concorda

Uma das lideranças mais respeitadas do PT de Valparaíso, o ex-vereador Professor Silvano, disse concordar com a nota principal da Xadrez (edição de 2/9), que aborda a crise vivida pelos militantes no Entorno. “Espero que o pessoal de Goiânia e Brasília nos ajude a ajudá-los”, disse. (Especial para O Hoje)