Coluna

A ‘guerra’ das tribos digitais em busca de espaço político

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 23 de setembro de 2022

O mundo virtual fez uma reviravolta na atribulada vida das pessoas, ampliando angustias e frustrações, quase todas descarregadas nas redes sociais. Em ano eleitoral então, é uma farra de informações contraditórias. Mas de repente, o que era apenas troca de conteúdo restritos a uma tribo digital emitindo sinais de fumaça que informava sobre seu universo de convívio, relatado por meio de algoritmos, tornou-se um campo de lutas ideológicas e paixões partidárias em busca de espaço político. Não existem ideias ou propostas, mas a desconstrução do adversários de seu candidato. O que antes era restrito aos políticos, acadêmicos e os meios de comunicação, virou um lugar fértil de demagogos virtuais. Gente que utilizam o medo para subordinar os frágeis de consciência crítica e difundir ideias desconexas da realidade. A polarização entre os candidatos a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), acirrou as disputas entre o “bem e o mal”, abrindo um fosso entre os brasileiros nunca antes visto. Para o professor e consultor em marketing digital, Darlan Campos “a lógica dos algoritmos incentiva, auxilia e potencializa a lógica das bolhas ou tribos. É um incentivo para o usuário receber sempre notificações que estejam alinhados com seu consumo naquela rede”. Ou seja, a notoriedade instantânea passou a ser o desejo coletivo e as redes sociais seu terreno fértil. A tendência é que, essa guerra entre bolsonaristas e lulopetistas, tende a perdurar após o resultado das urnas, saia vencedor Lula ou Bolsonaro.

Certo Umberto Eco

Poucas frases são tão atualizadas quanto a que o escritor Umberto Eco cravou ao ser perguntado se utilizava as redes sociais. “As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel”.

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Povo desconfiado

As “vaquinhas virtuais” não tem tido o sucesso esperado na arrecadação voluntária dos simpatizantes e do cidadão-eleitor para seus candidatos. Até mesmo o líder das pesquisas para presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conseguiu até agora – conforme noticiou o UOL –, R$ 440 mil de 3.970 doadores. A ideia era cada militante doar R$ 13 mas a receita do PT ainda é 99% vinda do Fundo Eleitoral. Parece que o povo não acredita nos políticos.

Entorno cobiçado

Próximo ao um milhão de votos, o Entorno do Distrito Federal definitivamente entrou para o mapa político de Goiás. Hoje é a região que mais atrai políticos que disputam cargos majoritários e proporcionais, principalmente ao governo de Goiás e ao Senado. Ronaldo Caiado (UB) e Marconi Perillo (PSDB) são os dois líderes mais lembrados pela população. Caiado um pouco mais devido sua atuação constante tanto administrativa quanto política, portanto, todos querem ‘colar’ sua imagem à dele para ficar bem com o cidadão-eleitor.

Taxa para uso do Sol

Sempre que uma boa invenção é inserida dentro da engrenagem geradora de empregos e produtividade, o estado instituição procura meios para torná-la cara ao consumidor, o sacrificado de sempre. As chamadas ‘usinas solares’ ou energia fotovoltaica que começa a dar seus primeiros passos no país, vai perder isenção de encargos fiscais. O crescimento da energia solar no país alcançou 46,1% desde o início do ano passando, mas o governo vai taxar os fabricantes. Resultado: o custo da irrigação, por exemplo – caso de Cristalina em Goiás –, sofrerá aumento na produção que será repassado ao consumidor.

Wolmir no Entorno

Candidato ao Governo de Goiás pelo PT, professor Wolmir Amado, cumpre agenda no Entorno do Distrito Federal neste final de semana. Além de encontro com lideranças, mini carreatas e visitas em feiras populares. “Acredito que teremos o segundo turno e nós vamos estar lá”, disse.