Accorsi e Gomide podem ser salvação do PT goiano
Ironicamente, o PT e o lulopetismo em Goiás roem as unhas ao imaginar uma derrota para prefeito de Goiânia da deputada federal Adriana Accorsi e do deputado estadual Antônio Gomide em Anápolis. Os dois são apontados pelas pesquisas com chances de vencer nas duas principais cidades do Estado. Devido a esse otimismo, nenhuma pessoa próxima […]
Ironicamente, o PT e o lulopetismo em Goiás roem as unhas ao imaginar uma derrota para prefeito de Goiânia da deputada federal Adriana Accorsi e do deputado estadual Antônio Gomide em Anápolis. Os dois são apontados pelas pesquisas com chances de vencer nas duas principais cidades do Estado. Devido a esse otimismo, nenhuma pessoa próxima a eles ousa mencionar a palavra ‘derrota’, pois isto seria uma “tragédia política para a legenda em Goiás é um desastre para Lula em 2026 no Estado”, observa um petista goiano com três décadas de militância. É fato concreto que o cenário para o PT em 2026, caso Adriana e Gomide vençam as disputas para prefeito, além do capital político em dois colégios eleitorais importantes, abre espaço para que o PT e associados aumentem sua bancada de deputados estaduais e conquistem pelo menos mais três vagas para federal. Sem contar que Lula teria dois bons palanques em Goiás. Se acontecer de nenhum dos dois se vencer, pode ocorrer com o PT goiano o que se viu no Distrito Federal: virou uma legenda sem protagonismo e ‘rebocada’ pelo (pasmem!) PV. Sem contar que a eleição para deputado estadual e federal ficaria comprometida. Essas hipóteses têm assustado os estrategistas das campanhas de Gomide e Adriana, um estímulo a mais para acelerar o trabalho de catequese dos eleitores conservadores. Um desses contorcionismos ideológicos é, por enquanto, Adriana e Gomide terem mantido distância estratégica de Lula. Vai que o eleitor associa os dois ao lulopetismo e nega o voto em 6 de outubro.
Reforço para Lissauer, Geneilton e Márcio
A vinda de Jair Bolsonaro a Goiás tem como estratégia reforçar as pré-candidaturas de Lissauer Vieira (Rio Verde), Geneilton Assis (Jatai) e Márcio Corrêa (Anápolis). São cidades em que o bolsonarismo é muito orgânico e tem chances de vencer a disputa para prefeito. No dia 17, Bolsonaro vem direto para Rio Verde, vai a Jataí, dorme em Rio Verde, cumpre agenda no dia 18 na cidade e segue para Aparecida.
Goiânia e Aparecida
Na agenda do dia 18 em Aparecida, Bolsonaro se reúne com o Professor Alcides e sua equipe. De acordo com fontes do PL, Aparecida e Goiânia são cidades nas quais o PL tem melhor pontuação nas pesquisas. Assim como Rio Verde, todas terão disputas acirradas.
Força a Anápolis
Em Anápolis, de acordo com pesquisas, Jair Bolsonaro é influente, tem eleitores orgânicos, transfere e pode transferir votos ao empresário e suplente de deputado federal Márcio Corrêa (PL). No dia 19, Bolsonaro encerra sua visita a Goiás em Anápolis, cidade onde o PT é o principal adversário do PL. Portanto, na bolha da polarização.
Iporá dos ‘agais’
Nesta eleição para prefeito, Iporá volta aos “tempos dos agais”, expressão barroca que significa passado distante. Pois é. A pré-candidatura a prefeito do emedebista Mac Mahoen Távora enfrenta o grupo de um adversário histórico: Naçoitan Leite (UB). O pré-candidato apoiado por Naçoitan é seu fiel escudeiro Danilo Gleic (PL) e a histórica polarização do passado está de volta entre os dois grupos. O MDB de Iporá sempre foi adversário de Naçoitan.
Nogueira, o crítico
Um dos críticos mais ácidos do PT, senador e presidente do PP nacional, Ciro Nogueira não perde tempo em alfinetar o governo Lula. Na semana passada, ele desceu a borduna na Medida Provisória (MP) editada por Lula que restringe o uso de créditos tributários do PIS/Cofins. “O PT não se cansa de atrapalhar o Brasil. O governo acabou de publicar uma nova MP para fazer o que faz de melhor: tirar dinheiro do povo.” (Especial para O Hoje)