Adib Elias entra na lista de possível vice de Daniel Vilela
A vaga para vice na chapa de Daniel Vilela (MDB) em 2026 havia afunilado entre os nomes do ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Progressista), e do presidente da Faeg, José Mário Schreiner. No entanto, o ex-prefeito de Catalão e atual secretário de Infraestrutura do governo de Ronaldo Caiado, Adib Elias, passou a ser ventilado com maior frequência.
Isso ocorre porque Adib, além de amigo do governador, é um adversário histórico de Marconi Perillo (PSDB), que, conforme especulações, deve disputar a eleição para tentar desbancar o favoritismo de Daniel.
Na avaliação de lideranças próximas a Caiado e ao MDB, Adib seria mais combativo nas respostas às críticas dos adversários do governo. “O Adib tem o estilo ‘bateu, levou’, sem dourar a pílula, algo que Zé Mário ou o Doutor Paulo teriam dificuldade em responder com a mesma moeda”, disse à Coluna uma liderança política de Catalão.
O fato é que quem quiser ocupar essa vaga de vice terá que convencer o governador Ronaldo Caiado e, ao mesmo tempo, somar votos para Daniel. Nesse quesito, Adib Elias não fica devendo a ninguém: ele é o maior líder da região da Estrada de Ferro, um reduto eleitoral que pode desequilibrar a eleição a favor da base governista.
Da mesma forma, Paulo do Vale é quase unanimidade em Rio Verde e conta com uma ampla rede de aliados no Sudoeste goiano. Além disso, seu afilhado político e atual prefeito da cidade, Wellington Carrijo (MDB), tem dedicado os fins de semana a conversas com lideranças de outros municípios.
Já o presidente da Faeg, José Mário, ao longo de vários anos, levou a educação profissional do sistema Faeg/Senar a todos os 246 municípios goianos. São raras as lideranças que conhecem tão bem o estado e sabem quem é quem em cada cidade, o que representa um ativo de votos considerável. Mas, para avançar, será necessário alinhar com o “dono” da vaga: Ronaldo Caiado.
Policarpo, entre os ritos e a sensatez
Os legislativos municipais, de modo geral, banalizam as Comissões Especiais de Inquérito (CEIs) que, salvo exceções, viram sinônimo de pressão de vereadores contra o Executivo. No fim, muitos casos se transformam em “pizza”, desmoralizando o Legislativo.
Esse conceito depreciativo preocupa o presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), diante da CEI do Consórcio Limpa Gyn. Ele argumentou com os colegas, mas, diante da pressão, seguiu os ritos e recomendou sensatez aos vereadores.
Adiar o aumento
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, participou de audiência com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e pediu sua intervenção junto à ANTT para prorrogar o aumento das passagens de ônibus do Entorno que fazem a rota DF.
Caiado sugere agilizar a criação do consórcio proposto pelos governos de Goiás, DF e União para subsidiar as passagens, reduzindo o preço pago pelos moradores da região.
Ibaneis articulado
Nos últimos meses, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), tem desempenhado um papel ativo de articulação entre partidos de centro e centro-direita. Além de conversas com as principais lideranças da oposição ao governo Lula, mantém contatos quase diários com os presidenciáveis Ronaldo Caiado (UP-GO), Tarcísio de Freitas (REP-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Jr. (PSD-PR).
De todas as legendas oposicionistas, o MDB é a mais resistente em apoiar o movimento da direita.
Vice de Lula
A resistência do MDB em aderir ao movimento dos governadores presidenciáveis mira numa possível composição da ala nordestina, maioria dentro da legenda, que deseja emplacar o vice na chapa de Lula, substituindo Geraldo Alckmin (PSB).
Embora o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (SP), trabalhe para apoiar Tarcísio de Freitas, a maioria do partido prefere caminhar ao lado do atual presidente.
Por falar em Lula…
O PT do DF vive clima de euforia com as últimas pesquisas que mostram o avanço de Lula rumo à reeleição. Um dos líderes locais, Geraldo Magela, tem afirmado que o partido fará uma oposição sistemática ao governo da dupla Ibaneis Rocha-Celina Leão.
“Somos o partido da inclusão social, do combate à fome e da democracia”, reforçou.