Coluna

Alexandre Baldy admite pressão de Temer por aliança com MDB

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 02 de agosto de 2018

Deputados federais do Progressistas (PP) têm tido conversas
diárias com o presidente da sigla em Goiás, o ministro das cidades Alexandre
Baldy, com participação de Vanderlan Cardoso, e pressionam para manutenção da
aliança com o PSDB, do pré-candidato José Eliton. Reunião mais longa foi realizada
até o fim da noite de terça-feira (31) em que Roberto Balestra, Sandes Junior e
Heuler Cruvinel levaram prefeitos e lideranças relevantes do partido para a
conversa com o ministro. No entanto, Baldy admite a pressão do presidente
Michel Temer por acerto com o MDB, do pré-candidato Daniel Vilela. “É claro que
o presidente pede o apoio ao seu candidato do MDB”, confirma. “Da mesma forma
que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pede o apoio ao
candidato do Democratas (Ronaldo Caiado). Mas o partido tem sua independência
para discutir e tomar a melhor opção”, avalia Baldy. Sobre o caminho a ser
tomado, o ministro aponta: “As candidaturas dos nossos deputados federais são o
foco para as eleições deste ano”.

Chapão concorrido

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Apesar da aparente preferência das bases do PP pela
manutenção do apoio a José Eliton, há concorrente avaliação de que os federais
teriam maior chance na coligação com o MDB, em comparação com o chapão da base.

Prazo

Além da disputa proporcional, com Daniel os pepistas poderiam
indicar duas vagas na majoritária, com vice e senatoria. A intenção é fechar
decisão até a noite de sexta-feira (3) para confirmar na convenção, domingo, às
10h, no Oliveira’s Place.

Arruda busca
elegibilidade

O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda
(PR) entrou com pedido de liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para
suspender condenação em processo da Operação Caixa de Pandora, que o tornou
inelegível. A solicitação está com o ministro Benedito Gonçalves, relator do
recurso. Uma liminar pode deixar Arruda livre para concorrer nesta eleição. No
recurso, a defesa de Arruda pede o retorno do processo ao Tribunal de Justiça
do Distrito Federal para aguardar o resultado de uma perícia que está sendo
realizada em equipamentos usados pelo delator da Operação Caixa de Pandora,
Durval Barbosa. “A referida ação controlada consistiu na infiltração
do delator premiado Durval Barbosa na residência oficial do governador do
Distrito Federal, em Águas Claras, portando equipamentos gravadores que
deveriam ser de propriedade da Polícia Federal”, explicou a defesa do
ex-governador. A disputa no DF tem as candidaturas de Antônio Guillen (PSTU),
Eliana Pedrosa (PROS), Fátima Sousa (Psol), Paulo Barreto (PRTB) e Rodrigo
Rollemberg (PSB).

CURTAS

Formalidade – A
defesa de Arruda pretende provar que os gravadores usados pelo delator não eram
da Polícia Federal, o que anularia as provas.

Apoio – O PRB oficializou
ontem apoio à candidatura do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) já cobrando
participação em um eventual governo do tucano.

Realidade – O
deputado federal João Campos (PRB), ainda flerta com vaga majoritária, mas busca
mesmo condições para sua reeleição e fazer até três estaduais.

Novo comando

A minireforma no governo, causada pela saída dos
coordenadores de campanha do governador José Eliton (PSDB), confirma posse de Helio
Umeno Junior como presidente da Agetop, no lugar de Jayme Rincón. Ele acumulará
a Diretoria Financeira.

Comunicação

Já a Agência Brasil Central (ABC), que comanda Rádio e TV,
será presidida por Wiris Arantes, que é vice-presidente regional do PR. Formado
em gestão publica pela UEG, foi vereador por vários mandatos em Caldas Novas.

A escolher

Ainda resta definir os substitutos de João Furtado Neto, na
Secretaria de Governo, e de Charles Antônio, que era chefe do gabinete
particular de Eliton. Com informado aqui, a Saneago já é presidida pelo auditor
fiscal Marcelo de Mesquita Lima.

Caixa preta

Os gastos com pessoal lideraram as despesas declaradas pelos
partidos políticos em 2017, totalizando mais de R$ 137 milhões, segundo um levantamento inédito realizado
pelo ‘Transparência Partidária’,
com dados do TSE.

Sem detalhe

Dos R$ 700 milhões de verba pública aos partidos, R$ 126
milhões foram para fundações. As principais são a Fundação Ulysses Guimarães
(MDB), Perseu Abramo (PT) e o Instituto Teotônio Vilela (PSDB). Só não há detalhes
sobre o destino da grana.

Pagamento indevido

Dois servidores da Seduce foram condenados pelo TCE ao
pagamento de multa epois que uma auditoria encontrou irregularidades na
execução de obras em colégios de Catalão e Jussara. Serviços pagos não foram
realizados.