O voto do ministro do STF, Luiz Fux, nesta quarta-feira (10), que contrariou a maioria dos colegas da primeira turma ao pedir a absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi uma vitória semelhante à do rei Pirro. Ao vencer os romanos por volta de 279 a.C., ele teria dito que “mais uma vitória como essa, estarei falido”, isto porque perdeu tantos soldados na batalha que não valeu a pena o sacrifício.

A história pode ser aplicada à comemoração da oposição pelo voto de Fux, mas durou pouco. O resultado durou só até o voto da ministra Cármen Lúcia, que soterrou de vez a esperança bolsonarista.

Ela confirmou o relatório de Moraes e votou pela condenação do ex-presidente e seu entorno. Portanto, o voto de Cristiano Zanin, que foi antecipado seguindo o mesmo rito dos demais, soou como uma marcha fúnebre ao campo da direita.

No entanto, não se deve subestimar o que Donald Trump pode aplicar ao Brasil e aos ministros do STF. Outro ponto a ser observado daqui para a frente é se o Supremo vai ampliar a escalada em perseguir a direita.

Após a aplicação das penas a Jair Bolsonaro e seu entorno, o país vai continuar dividido, cada vez mais hostil à esquerda e aos ministros do STF. O próprio Alexandre de Moraes disse que, mesmo após a conclusão do julgamento, ele vai continuar a defender a democracia, ou seja, o que ele vê como democracia.

Diante de cenários assim e com o país sob ameaça de mais sanções, não tem como ser otimista quanto ao futuro. Essa unanimidade era “favas contadas” por especialistas e, principalmente, pela esquerda que vê no Supremo um braço aliado. Para piorar o quadro, empresários vão frear qualquer plano de investimentos em um momento de incertezas.

Tarcísio e aliados entram na mira do STF

No meio político dos conservadores e de centro, a avaliação é que, a partir de agora, o alvo do STF passa a ser o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP), e seus aliados.

Isto porque, ao se posicionar a favor de Bolsonaro, o governador paulista “bateu de frente” com Alexandre de Moraes. A resposta veio com os votos de Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que referendaram a condenação dos réus em contraponto ao voto de Luiz Fux.

Trump desistiu?

“Eu achei que ele foi um bom presidente do Brasil. E é muito surpreendente que isso possa acontecer. Isso é muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil e ele é um bom homem”, afirmou.

A frase acima é do presidente dos EUA, Donald Trump, que foi interpretada pelos adversários de Bolsonaro como “desisti do Brasil”. A conferir.

Faltou Daniel

Depois de Pedro Ludovico Teixeira (1891-1979), o maior líder político de Goiás é Iris Rezende, que foi lembrado em homenagem na Alego nesta quinta-feira (11), para celebrar o primeiro aniversário do Instituto que leva seu nome.

Compareceram à homenagem as principais figuras históricas do MDB, como o ex-senador Mauro Miranda e lideranças mais jovens. Embora tenha enviado mensagem, ficou estranha a ausência do vice-governador e pré-candidato ao governo de Goiás, Daniel Vilela.

Delúbio no O Hoje…

O ex-tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, visitou o grupo O Hoje, onde teve conversa com os executivos José Allaesse (editor-geral) e o CEO, Juan Allaesse.

Ele também foi entrevistado para o programa Momento Político, canal do O Hoje no YouTube. Falou de sua pré-candidatura a deputado federal por Goiás para “ajudar na reeleição do presidente Lula”.

… e Júnior da Receita

Outro visitante ilustre foi o prefeito de São Luís de Montes Belos, Júnior da Receita (União Brasil). Disse que, nestes quase oito meses como prefeito, conseguiu “conquistas importantes para a população nas áreas de saneamento básico, saúde, asfalto e moradia”.