Aliança MDB e União Brasil deve perder aliados em 2026

A agenda de conversas do presidente do PL em Goiás, senador Wilder Morais, em seu gabinete no Senado ou as mais discretas no escritório político apontam que ele costura candidaturas a prefeito “comprometidas com a causa em 2026”. Na avaliação de pessoas que conhecem o estilo pragmático do senador, avaliam que, a partir da eleição de 2024, a aliança entre o MDB de Daniel Vilela e o União Brasil de Ronaldo Caiado tende a desidratar-se. O principal motivo é que o governador não será candidato em Goiás, assim abre mais espaços para a oposição, incluindo Wilder Morais. Uma outra constatação é que o tamanho da base política de Daniel vai depender da movimentação do MDB nacional. Se a legenda continuar o apoio ao presidente Lula ou outro nome do PT, a tendência é dividir o eleitorado. No caso de Goiás, por mais leal que seja Daniel ao governador Caiado, o simbolismo de seu partido apoiar uma chapa de oposição a Caiado tende a refletir no voto conservador e de direita. É com essa lógica que Wilder tenta se equilibrar entre os radicais bolsonaristas que querem candidatos mais agressivos e sua estratégia em construir candidaturas moderadas. Se não conseguir vencer essa barreira, em 2025 sua candidatura a governador perde fôlego.

Bem com todos, mas tem Bruno

Até onde as vistas alcançam, a estratégia do governador Ronaldo Caiado em manter distância regulamentar das disputas para prefeito sugere que ele quer estar bem com todas as siglas. No entanto, em Goiânia, caso Ana Paula do Iris ou Gustavo Mendanha, os dois do MDB, não se viabilizem, Caiado terá que abraçar a candidatura a prefeito de Goiânia do presidente da Alego, Bruno Peixoto (União).

Fator Gracinha

A agenda política da primeira-dama e coordenadora da rede de proteção social do Governo de Goiás, Gracinha Caiado, não deixa dúvida: ela é candidatíssima a uma vaga ao Senado em 2026.

Medo da Marussa?

Por que o grupo do prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União), teme tanto a deputada federal, Marussa Boldrin (MDB)? O prefeito controla os veículos de comunicação local e dia sim, outro também, tenta desconstruir a liderança política da deputada.

Sem intervenção

Uma fonte ligada ao presidente regional do MDB e vice-governador, Daniel Vilela, garante que não tem cabimento Marussa ser afastada do comando da legenda em Rio Verde. “O comando do partido foi acertado com os presidentes nacional, Baleia Rossi (SP), e Daniel Vilela. O deputado federal é que comanda o partido na sua base.”

Agrobusiness

A partir desta segunda-feira (21) e até sexta-feira (25) acontece a primeira feira do agronegócio da Região Metropolitana de Goiânia, no Campus da UFG de Aparecida. A abertura oficial está programada para as 10h.

Ibaneis ao largo

O ti-ti-ti em Brasília, depois que vários oficiais da PMDF foram presos por conta dos atos de 8 de janeiro, é de que poderia respingar no governador Ibaneis Rocha. Acontece que o agora ex-comandante-geral da PMDF, Klepter Rosa Gonçalves, foi indicado pelo, à época, interventor na Segurança Pública, Ricardo Cappelli, homem forte do ministro Flávio Dino.

Ameaça afastada

O governador Ibaneis Rocha costurou um acordo e o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Wellington Luiz, foi eleito por unanimidade presidente do MDB do DF. Isto afasta a ameaça do deputado federal Rafael Prudente em ser candidato a governador em 2026 e atropelar a vice, Celina Leão (PP). (Especial para O Hoje)