Alta dos combustíveis atiça críticas a Jair Bolsonaro 

A oposição ganhou mais combustível contra a política econômica de Paulo Guedes, o ministro da Economia do presidente Jair Bolsonaro (PL), com o aumento absurdo da gasolina e diesel anunciado ontem. O ex-presidente Lula, por exemplo, aproveitou o desleixo da gestão Bolsonaro na Petrobras para fazer discurso nas redes sociais. Diante da repercussão negativa, Paulo Guedes chamou uma coletiva de imprensa para tentar atenuar os impactos políticos – sobretudo eleitorais – ao seu chefe. Culpou a invasão da Rússia à Ucrânia. O socorro não veio de Bolsonaro, mas de uma proposta do Senado que, aprovada ontem, muda a cobrança do ICMS de combustíveis com o estabelecimento de um preço fixo do tributo por litro e não mais um percentual pelo valor médio, além da desoneração temporária de Pis/Cofins até dezembro. 

Possibilidade 

Um técnico do Ministério da Economia  apontou à Xadrez que o aumento de 90 centavos no preço do litro do diesel deve aliviar em até 60 centavos com a aprovação da mudança na tributação do ICMS sobre os combustíveis. O consumidor final deve sentir o impacto dessa medida pela metade, e o preço nas bombas vai ser reduzido em 30 centavos. 

Culpado?

O senador Jorge Kajuru (Podemos) disse à Xadrez que o aumento dos combustíveis é inadmissível e que o presidente Jair Bolsonaro “fica mentindo”. “Ele é o rei da mentira. O presidente é o maior acionista da Petrobras e deveria fazer algo, mas pensa apenas em decisões eleitoreiras”, criticou. 

Espertinhos 

A reportagem do O HOJE percorreu postos de gasolina e encontrou o aumento, que valeria a partir desta sexta, já sendo cobrado. Havia postos que chegavam a R$7,27.

De novo?

Circulou nos bastidores a conversa de que o senador Vanderlan Cardoso (PSD) estaria de olho em concorrer ao governo. A Coluna consultou membros da sigla, que tem Henrique Meirelles como pré-candidato ao Senado. “Não é possível viabilizar candidatura numa mesma chapa ao governo e ao Senado”, disse uma fonte. 

Comitê

Como a Coluna Xadrez já havia antecipado, Henrique Meirelles queria um escritório para a campanha eleitoral em um lugar centralizado. A vereadora Sabrina Garcez (PSD), uma das coordenadoras da campanha, deve bater o martelo até o fim do mês. O local deve ficar pelos setores Oeste, Bueno ou Marista. 

Amém?

Depois de a primeira-dama de Goiânia, Thelma Cruz, pré-candidata a deputada estadual, fazer um culto na Comurg, servidores do Imas, ironicamente, pedem a ela que faça algo parecido por lá…

Bora trabalhar?

A sessão de ontem na Câmara de Goiânia, presidida pelo vereador Clécio Alves (MDB), foi encerrada por falta de quórum. 

Coisas do Clécio…

Nos bastidores da Câmara, fala-se que a truculência e o egocentrismo de Clécio Alves afastam os parlamentares. O jornal O Hoje já informou que, intolerante com atraso e para atender interesses pessoais, Clécio encerra sempre a sessão antecipadamente. Principalmente quando tem que aparecer ao lado do prefeito. 

Curta

Daniel Vilela (MDB) voltou a Aparecida ontem para se reunir com ex-vereadores e ex-assessores da gestão do pai, o ex-prefeito da cidade Maguito Vilela.