O ministro do STF, Alexandre de Moraes, líder da Primeira Turma da Corte Constitucional, concluiu parte de sua guerra particular contra o bolsonarismo e a direita mais barulhenta. Nesta terça-feira (24), o ministro determinou o encarceramento de quase todos os “traidores da Pátria” – como ele costuma dizer –, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, o primeiro. Um detalhe chama a atenção: a maioria dos apenados está acima de 70 anos e Alexandre de Moraes os condenou de tal forma que só a partir de 10 anos encarcerados terão direito à liberdade condicional ou regime semiaberto. Com essa condenação, todos vão morrer na prisão, caso não haja uma anistia, só terão progressão de pena ou regime especial a partir dos 80 anos.

A esquerda, principalmente os petistas radicais, comemoram, mas, ao contrário do que eles imaginam, essa “vitória contra os fascistas” deixou um rastro de tristeza, raiva e o sentimento de injustiça em metade dos brasileiros. Somam-se a eles os 1,4 mil presos na maior ação de prisão em massa determinada por um ministro em janeiro de 2023, sendo que, mais de 100 deles continuam detidos. Alguns doentes, velhos e desamparados, sem contar a morte de Cleriston Cunha, o Clezão, falecido na Papuda em 23 de novembro de 2023.

Em 29 de junho de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a Venezuela tinha mais eleições do que o Brasil. “O conceito de democracia é relativo para você e para mim. Eu gosto de democracia, porque a democracia que me fez chegar à Presidência da República pela terceira vez”, filosofou Lula. Então, não esperem mudanças na forma de gerir o País e muito menos no equilíbrio dos poderes, afinal, temos um ‘guia dos povos’ messiânico e uma Suprema Corte que nos protege de todo o mal. Não é de se estranhar que a eleição de 2026 será marcada por muitas ações contra os candidatos de direita e seus apoiadores. Parafraseando Quincas Borba, do escritor Machado de Assis: “Ao vencedor, as batatas”, mas, no caso brasileiro, “aos vencedores, a ‘democracia’, e para os perdedores, a cadeia”. Oremos!

Daniel colhe apoio da oposição
Sem muito alarde, o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), candidato da base caiadista, tem feito uma boa colheita de compromisso político nos 246 municípios goianos. O foco principal tem sido os prefeitos de oposição eleitos pelo PL. E essa ofensiva teve início logo após a eleição municipal. O alvo preferencial tem sido os eleitos pelo PL comandado pelo senador Wilder Morais, forte candidato a enfrentar Daniel em 2026. No entanto, não só quem detém mandato, mas também lideranças que perderam a disputa eleitoral, estão na lista de apoiadores, dizem aliados.

Os resistentes
Dos 26 prefeitos eleitos pelo PL, de acordo com fontes da legenda, poucos aderiram ao governo. E nos municípios mais importantes, como Jataí, terra dos Vilela, o prefeito Geneilton Assis continua fiel ao senador. O mesmo ocorre com o de Posse, Paulo Trabalho, Márcio Corrêa, de Anápolis, entre outros.

D. Luís é Daniel
Assim como a prefeita de Formosa, Simone Ribeiro, eleita pelo PL, o de Cristalina, Dr. Luís Otávio, anunciou nesta terça-feira (25), no evento Goiás Social, que vai apoiar Daniel Vilela para governador. Segundo assessores próximos ao MDB, existem outros nomes que serão anunciados em breve, mas a lista deve ultrapassar mais de 15 que foram eleitos na onda bolsonarista.

Simone no O HOJE
Por falar em Simone Ribeiro, a prefeita de Formosa visitou o Grupo O HOJE nesta terça-feira (25), onde foi recebida pelos executivos José Allaesse (editor geral) e Gean Alaesse (presidente executivo). Simone fez um breve balanço da gestão nestes 11 meses e pontuou que seu maior desafio é administrar uma “dívida mastodonte que se aproxima dos R$ 280 milhões, mas com ajuda de Deus e a população, vamos vencer esses desafios”. Nesta quinta-feira (27), circula no jornal impresso do Grupo O HOJE um resumo da entrevista de Simone.

Carrijo presente
O temporal que causou prejuízos em Rio Verde e transtornos à população teve a pronta ação do prefeito Wellington Carrijo (MDB). Ele percorreu as áreas atingidas e coordenou os reparos com várias equipes da prefeitura. “Graças a Deus foram só prejuízos materiais, sem vítimas e logo tudo voltará à normalidade.”

Oposição bate bumbo – O governador Ibaneis Rocha (MDB) e seu entorno entraram em ‘modo silencioso’ sobre o escândalo Master e BRB. Embora o estrago esteja feito, a estratégia é deixar a oposição “falando sozinha” e evitar uma CPI na Câmara Legislativa. O petista Geraldo Magela promete recorrer à Justiça para forçar um palanque político no Legislativo.