A conquista da Prefeitura de Aparecida pelo MDB vai além da densidade eleitoral, com seus 345.367 eleitores. Trata-se de um município estratégico sob todos os aspectos, principalmente pela proximidade da capital Goiânia, tendo tido duas gestões inovadoras, a de Maguito Vilela, de 2002 a 2009, e a de Gustavo Mendanha, de 2017 a 2020, ambos do MDB. Reeleito, Mendanha renunciou em março de 2022 para se candidatar a governador de Goiás, portanto, é natural que o vice-governador Daniel Vilela, candidato natural da base caiadista, transforme Aparecida em sua base de partida rumo à disputa do Palácio das Esmeraldas em 2026.

Para manter as 47 prefeituras comandadas pela legenda, Daniel terá como principal desafio ajudar ao máximo o prefeito Leandro Vilela no resgate dos compromissos de campanha nos dois próximos anos. Qualquer ruído político verbera no restante do Estado devido à importância econômica do município e a cobertura que os veículos de comunicação fazem sobre Aparecida.

Devido a este simbolismo político, Leandro Vilela terá, a partir de janeiro, a missão de sinalizar aos goianos que o MDB tem capacidade de gestão e sabe encarar desafios. Não só a gestão pública será desafiadora, mas também a política, afinal, muitas lideranças da velha oligarquia de Aparecida que foi derrotada vão estar à espreita, no aguardo de uma oportunidade para ‘minar’ o caminho.

Magela quer Ministério da Segurança

O ex-deputado federal e uma das lideranças mais ativas do PT no Distrito Federal, Geraldo Magela, entrou na discussão sobre a segurança pública no País. Para ele, o presidente Lula precisa priorizar a criação do Ministério da Segurança, tema recorrente em todas as discussões políticas no País, seja de direita, progressista, de centro ou pela população. Em tempo: Magela trabalha para unir partidos progressistas e de centro para disputar o GDF.

Ibaneis, o alvo

Magela tem sido um crítico duro à gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB). Em sua conta pessoal no Instagram, ele reproduz um vídeo em que o governador afirma ser o DF um dos mais seguros do País. Paralelamente à fala de Ibaneis, manchetes negativas sobre a segurança em Brasília publicadas na mídia são mostradas.

Márcio em Brasília

O prefeito eleito de Anápolis, Márcio Corrêa, cumpriu agenda em Brasília nesta quarta-feira (30) em busca de recursos para sua gestão a partir de janeiro. No gabinete do senador Wilder Morais, recebeu a notícia que terá R$ 6,5 milhões em 2025 para três áreas da prefeitura. “Este Márcio é danado, nem tomou posse e já alavancou recursos para Anápolis”, brincou Wilder.

Fala, Cristiomário!

O impasse na liberação das emendas impositivas, ou PIX, que estão bloqueadas pela decisão do ministro do STF, Flávio Dino, tem preocupado muitos gestores. “A gente contava com essas emendas para o final do ano e, pelo visto, não devem sair tão cedo”, reclama o prefeito de Planaltina, Cristiomário Medeiros (PP).

Ao vencedor, …

… as dívidas. Esta é a notícia que a maioria dos prefeitos ouve quando se reúne para as tratativas da transição entre a gestão que sai e a que vai assumir em janeiro. “A maioria das prefeituras vai deixar um passivo contábil que vai dificultar a gestão que se inicia em janeiro”, conta um consultor à coluna.