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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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Arrecadação perde fôlego, com perdas em quase todos os setores em março

Numa reviravolta em relação ao desempenho dos meses anteriores, a arrecadação bruta de impostos em Goiás perdeu fôlego em março, passando a anotar perdas em praticamente todas as áreas, num reflexo de um possível esfriamento no ritmo da atividade econômica no período. Na verdade, o modesto incremento observado na comparação com o mesmo período do […]

Numa reviravolta em relação ao desempenho dos meses anteriores, a arrecadação bruta de impostos em Goiás perdeu fôlego em março, passando a anotar perdas em praticamente todas as áreas, num reflexo de um possível esfriamento no ritmo da atividade econômica no período. Na verdade, o modesto incremento observado na comparação com o mesmo período do ano passado foi sustentado pela continuidade do processo de recuperação de receitas nos setores de combustíveis, energia elétrica e comunicação – afetados negativamente no ano passado por conta da redução de alíquotas imposta pelo governo federal a partir de junho de 2022.

Olhando os dados de março, o cenário fiscal não parece tão tranquilo quanto se desenhava no primeiro bimestre, mas sem alarmismos, já que o exercício ainda está em seu início e o comportamento em um único mês não seria suficiente ainda para definir tendências para o restante do ano. Em valores atualizados com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a arrecadação em março deste ano registrou variação real de apenas 0,32% em relação ao terceiro mês de 2023, variando de R$ 2,584 bilhões para R$ 2,592 bilhões, num ganho de apenas R$ 8,349 milhões. Para comparação, em janeiro e fevereiro, as receitas brutas haviam avançado 18,7% e 10,1% frente aos mesmos meses de 2023, já em certa desaceleração, mas não nas proporções observadas em março.

Crescimento foi exceção

Entre os principais setores da economia, o crescimento ficou concentrado amplamente no setor de combustíveis, com salto de 44,66% na arrecadação, que saiu de R$ 424,379 milhões para R$ 613,898 milhões, expressando um ganho de R$ 189,519 milhões. À exceção do avanço registrado no setor de comunicações, houve perdas em todas as demais áreas. Num cálculo que ajuda a dar maior clareza aos números, excluídos os combustíveis, a arrecadação nos demais segmentos baixou de praticamente R$ 2,160 bilhões em março do ano passado para algo próximo a R$ 1,979 bilhão, correspondendo a uma frustração de R$ 181,169 milhões, em baixa real de 8,39%. As receitas no segmento de comunicação, a exceção dentro desse grupo, avançou quase 20,0% em termos reais, ao passar de R$ 37,829 milhões para R$ 45,310 milhões, mas correspondendo a um acréscimo de apenas R$ 7,481 milhões.

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