A Assembleia Legislativa de Goiás foi transferida para a BR-153 na tentativa de reduzir a possibilidade de pessoas comuns terem acesso aos deputados. Mesmo assim, quando querem fugir, metem o pé, caem fora, vão para a Europa, os Estados Unidos, algum destino brasileiro com praia, qualquer lugar com mamata. Neste dezembro, então, o furdúncio de gente não inclui os parlamentares – eles simplesmente sumiram, desapareceram, escafederam-se.

Como a tecnologia e o regimento permitem a votação remota, precisam ir para um local ermo ou que, segundo eles, não disponha de sinal para celular. Por que, a poucos meses da eleição, os nobres evaporam na fumaça das saunas? Pelos motivos de sempre, sexo, poder e dinheiro? Um deles: grana. Se o governo precisar que sejam votados projetos essenciais, é indispensável convocar o Legislativo. Para isso (surpresa!) é preciso pagar aos coitadinhos que custam R$ 1 bilhão por ano.

Diz o artigo 143 do Regimento Interno: “A Assembleia será convocada extraordinariamente: II – pelo governador, por seu presidente ou a requerimento da maioria dos deputados, em caso de urgência ou interesse público relevante”. É aí que a porca torce o parafuso: infelizmente, aquilo ali é um poder e, sem ele, a máquina não gira. São poucos auxiliares, apenas 10 mil entre comissionados, terceirizados, estagiários e prestadores de serviço.

A expectativa é que AeroBruno repita o que fez no fim de 2024: demitir todo mundo, deixar a turma uns dois meses sem salário e ir contratando a conta-gotas, de um em um, para o sujeito saber quem é que manda e comer na mão que o apedrejou.