Autoritarismo de colega em sessão leva vereadora à polícia 

A bruxa está solta nos legislativos municipais goianos. A discordância ultrapassou a linha de respeito, desta vez, na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia. Depois que a vereadora Camila Rosa (PSD) defendeu cotas de gêneros para eleições proporcionais foi contestada de maneira truculenta pelo presidente da Casa, André Fortaleza (MDB). Enquanto tentava justificar um post, o presidente ordenou, de forma grosseira, que o microfone da parlamentar fosse desligado. Rosa apoiou Fortaleza nas duas candidaturas à presidência da Casa e, como ela disse à Xadrez, se impressionou com o tratamento. “Fui vítima de machismo. E vim na delegacia para denunciá-lo por violência política porque defendo que toda mulher precisa denunciar qualquer tipo de violência”, disse. Vale lembrar que Camila Rosa é a única mulher a exercer o mandato na Câmara com 24 homens. 

Lágrimas

Depois de orientar a colega a procurar a delegacia, o presidente devolveu a fala. “É por isso que a gente precisa procurar os nossos direitos. Não é questão de procurar cotas”, disse a vereadora, chorando. 

Outro lado

Para a coluna Xadrez, André Fortaleza defendeu-se: “A discussão ali foi no parlamento. Quantas vezes você viu o presidente cortar o microfone? O meu [microfone] já foi, mas nunca vi ninguém noticiando.” E continuou: “Quando alguém fala que eu não tenho caráter… Cortei para ela se acalmar.”

Olha só

Na investigação da PF sobre vazamento de documentos por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL), a corporação concluiu que o deputado federal Felipe Barros (PSL) pediu formalmente à instituição a cópia de um inquérito sigiloso sobre o ataque aos sistemas do TSE em 2018.

Tá ok?

Felipe Barros era relator da PEC 135/2019, do voto impresso. Problema: o deputado bolsonarista entregou o arquivo para o chefe do Brasil. 

Pariforme 

Numericamente empatado com João Dória (PSDB), o deputado federal André Janones (Avante) entra na disputa eleitoral à Presidência. Com milhões de seguidores nas redes sociais, o parlamentar foi incisivo contra o governo Bolsonaro sobre o auxílio emergencial. 

Acordo

A pressão sobre parlamentares e o prefeito de Goiânia Rogério Cruz (Republicanos) surtiu efeito. Os poderes devem anunciar, ainda esta semana, mudanças no Código Tributário.

Em pauta

A Câmara vota, nesta quinta-feira, a atualização do PDG. A curiosidade: quantos parlamentares vão se aventurar a votar, às cegas, o texto que pode mudar – para pior – a capital goiana. 

Mal-estar

Depois da sessão de ontem a vereadora Luciula do Recanto (PDS) foi socorrida às pressas dentro do gabinete.

Troca

Depois de ter sido substituído por Tony Carlo, ex-secretário de Caiado, Marcos Teixeira se despediu do grupo de informes da Prefeitura de Goiânia. “Pessoal, agradeço a atenção e a amizade durante todo esse período. Sigo outro caminho a partir de agora. Abraços!”.

Esconde aí

Alguns vereadores de Goiânia reclamam que as edições impressas do jornal O Hoje, ao contrário de outros veículos de imprensa, não estão chegando nos gabinetes. É comum encontrar os jornais empilhados na saleta do térreo, próximo à copa da Casa. 

Curtas

Depois de ter o canal derrubado pelo Youtube, o TCU afirmou ontem que vai transmitir as sessões por outro canal de streaming.