Bancada goiana no Congresso tem de jogar duro para duplicar rodovias
Um dos grandes gargalos da infraestrutura de Goiás recebeu ontem um sopro de esperança. O Consórcio Rota Agro Brasil arrematou os 490km entre Rio Verde (GO) e Rondonópolis (MT). Garantiu investir R$ 7,3 bilhões. Os outros 300km ainda vão lá, mas os 190 (100 de Jataí a Mineiros e 90 daí a Santa Rita do Araguaia) não podem ser adiados, precisam de duplicação com urgência.
A BR-364, entre Jataí e Mineiros, é uma das vias com maior circulação de riquezas em todo o País. Desperdiça tempo e dinheiro o engarrafamento de caminhões lotados de produtos. Às vezes, é impossível ultrapassar nos 100km seguidos de carretas e mais carretas. O ex-prefeito Paulo do Vale e seu sucessor, Wellington Carrijo, estão com imenso pátio ferroviário, que Rio Verde fez e doou à Rumo. As mercadorias descarregadas dos vagões carecem de transporte rodoviário, demanda a ser atendida por BRs ligando ao MT, via Jataí e Mineiros, e a MG e SP, via Itumbiara.
Aliás, como os congressistas goianos conseguem olhar no rosto de seus eleitores sem duplicar entre Rio Verde e Itumbiara? Até porque a notícia do leilão é só mais ou menos boa. Infelizmente, vão duplicar apenas 45,6km, com 150km de 3ª pista. É um avanço, mas não resolve. Acabar com essa vergonha é tarefa para os 17 deputados federais e os três senadores. Eles dormiram até agora. Precisam acabar com emendinha daqui e dali e se concentrar na duplicação de Anápolis a Porangatu, de Rio Verde a Itumbiara e de Bela Vista a Catalão, um misto de GO com BR que tem de ser federalizada.