Bia Kicis segue na batalha solitária para conquistar vaga no Senado
A representação feminina na política ainda é tímida, mas é no Congresso que essa ausência é maior. Na Câmara Federal, dos 513 parlamentares, apenas 91 são mulheres, enquanto no Senado, entre os 91 senadores, 15 são mulheres. No entanto, a população feminina do País é estimada em 52% dos mais de 213 milhões de habitantes, sendo assim, elas são maioria. Para diminuir essa distância entre a representação política em todas as esferas públicas, os partidos buscam, entre o eleitorado feminino, lideranças que queiram enfrentar os desafios das urnas. Mas não tem sido fácil encontrar mulheres qualificadas e dispostas à missão de conquistar o eleitor.
Os obstáculos são muitos, até mesmo para quem já está no exercício parlamentar, principalmente se for disputar um cargo majoritário. Que o diga a deputada federal e presidente do PL do Distrito Federal, Bia Kicis. Mesmo com uma atuação combativa no parlamento e, em muitas oportunidades, à frente de comissões ou na defesa de pautas conservadoras e de direita, enfrenta dificuldades para pavimentar seu caminho dentro do PL. Não obstante estar sozinha devido ao acordo entre os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, do PP, Ciro Nogueira, governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e a vice e pré-candidata a governadora, Celina Leão (PP), para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apoiar a aliança da direita brasiliense, Bia não desiste.
A deputada se prepara para lançar candidatura avulsa até abril, prazo final para mudança de partido. Enquanto esse tempo não chega, Bia segue sendo pré-candidata ao Senado, afinal, o PL precisa manter o protagonismo político no DF. Pode ser que Michelle seja convidada a disputar a vaga de vice na chapa da direita e, nesse caso, Bia seria o segundo voto na chapa com Ibaneis Rocha.
Trincheira contra o ativismo do STF
Para aliados da deputada federal Bia Kicis, não existe ninguém melhor do que ela para estabelecer, ao lado de outros bolsonaristas eleitos, uma resistência ao ativismo político do STF e seus ministros. “Sua biografia, histórico profissional como procuradora e sua atuação política em defesa dos interesses do País e do DF serão uma trincheira de luta pela devolução do STF ao seu devido ‘quadrado’ constitucional”, diz um aliado da deputada.
Caiado turbinado
Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cambaleia no seu discurso de segurança pública e ignora o clamor da opinião pública com uma narrativa “pró-bandido”, a direita segue firme no apoio às forças policiais. Esse é o conceito captado pelas pesquisas. “Devido a esse discurso errático de Lula e contrário à maioria da opinião pública, que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), turbinou sua caminhada na disputa presidencial”, pontua o cientista político Paulo Kramer. Para ele, “o goiano sabe que, ao lado da economia, a questão da (in)segurança pública será um dos dois vetores principais do voto em 2026”.
Geneilton no O HOJE
O prefeito de Jataí, Geneilton Assis (PL), visitou os executivos do Grupo O HOJE, José Allaesse (editor geral), e o CEO Gean Alaesse nesta quarta-feira (5). Geneilton falou sobre os desafios da gestão pública, mas com conquistas importantes à população e aos empreendedores jataienses, principalmente do agronegócio. “Embarco nesta quinta-feira (6) para a China com uma delegação de cinco pessoas. Nosso objetivo é prospectar novos negócios e conhecer novas tecnologias para serem aplicadas no desenvolvimento do município.”
Magela persistente
Aliados do ex-deputado federal e líder histórico do PT no DF, Geraldo Magela, dizem que ele é um militante persistente e que merece ser levado em conta pela executiva nacional. O PT local, após o fracasso na eleição de 2022, está às traças. Magela foi uma das primeiras vozes a bater bumbo e reanimar a militância para um novo embate. Agora querem tirá-lo do jogo, mas, os aliados dizem que ele trabalha para disputar as prévias. “Já temos a quantidade de assinaturas suficientes para o registro da candidatura”, diz trecho da nota nas redes.
Alessandro, o discreto – O cientista político e consultor de estratégias políticas Paulo Kramer observa que o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), indicado para relator da CPI do Crime Organizado, “pode não pertencer àquela ‘banda de música’ mais escandalosa, mas, aparentemente, zela pela sua reputação de ex-policial duro com o crime e não vai ‘passar pano’ em defesa de partido”.