Birra de Lula, Trump e Bolsonaro já faz goiano perder dinheiro
Parece que nada existe de mais importante no mundo que as rusgas dos políticos. E não existe mesmo se o caso for o do tarifaço oriundo da briga entre Lula, Donald Trump e Jair Bolsonaro. Caem as vendas para o exterior, sobretudo os Estados Unidos. Fábricas já começam a dar férias coletivas. Deve afetar diretamente todos os setores da economia. Tudo isso por culpa de três egos maiores que os cérebros. De birra, um não liga pro outro e nenhum liga para a quebradeira dos empreendedores.
O Brasil, e Goiás é a regra, vive de commodities – mercadorias sem rastro de indústria. São 130 municípios goianos recebendo royalties da mineração, alguns deles dependem de exportar o que arrancam do solo. Vivem a expectativa de a China e a Europa absorverem o que os norte-americanos refugarem – tudo é tão certo como e 2 e 2 são 5. Ninguém vai recusar as terras raras (e Minaçu, no Norte do Estado, tem quatro das 17), mas existe competição em produtos como ferro e carne – não a de frango, que os EUA quase não levam daqui, melhor para Itaberaí, Pires do Rio e Rio Verde, com milhares de empregos na avicultura.
Os chineses podem fazer o contraponto com os americanos não por questões ideológicas, mas por interesse nesta terra mais garrida. Com suas quinquilharias, desejam conquistar o coração brasileiro já dominado por Hollywood – não o cigarro, mas a dos filmes. Pequim quer as terras raras. Poucos lugares do planeta têm. Goiás, sim. Então, Minaçu está livre. Faltam os outros 129.