Bom para Ciro, Daniel, Tarcísio, ruim para Caiado, Goiás, Brasil
A federação União Progressista, presidida por Ciro Nogueira (do PP) com Antonio Rueda (UB) de vice, é o maior partido do Brasil. Quer crescer mais filiando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para candidatá-lo à Presidência da República com Ciro na vice. Ei, e Ronaldo Caiado? Antes de o citado trio e trocentos outros estarem nesse barco, Caiado já havia singrado com ele por décadas. Vão entrando e querendo gritar “homem ao mar!”?
O HOJE publicou que Tarcísio só é presidenciável porque 60% dos paulistas o aprovam (28% a menos que o índice de goianos que avaliam como ótima e boa a gestão de Caiado). Só é governador de São Paulo por ter sido ministro de Jair Bolsonaro. E só chegou a ministro da Infraestrutura graças a Caiado e ao senador Wilder Morais. Portanto, em gratidão, teria de apoiar Caiado para presidente e Wilder para governador.
Em política, bem mais na eleitoral, gratidão é uma entre as infinitas variáveis, no que neste caso pode ser chamado de Paradoxo de Caiado, mesmo que paradoxais estejam sendo os outros: se os governadores de SP e GO chegarem a um acordo e o de lá for o escolhido para enfrentar Lula e o de cá continue aqui cuidando da campanha de seu vice, será ótimo para Ciro, Tarcísio e Daniel Vilela, não para Caiado, Goiás e o País.
Quem acompanha o governador goiano garante que ele permanece no jogo até a última carta – e ainda está com o jogo completo. Em eventual vitória de Tarcísio, fala-se nos bastidores em Ministério da Segurança Pública para Caiado. O problema é que ninguém para Caiado. Se em 1989 seu partido era um nanico nano, tinha exatamente nada nas pesquisas e nada em expertise, hoje surfa como governante, o partido é isso tudo que se vê e as pesquisas mostram que 54% dos brasileiros o conhecem. Adivinhe quem vai ficar na rueda da amargura… (Especial para O HOJE)