Segunda-feira, 22 de abril de 2024

Coluna

Brasil contra Brasil no rastro da insanidade política

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 03 de novembro de 2022

O “Ovo da Serpente” divisionista do Brasil contra Brasil gestado a partir da disputa eleitoral de 2018, alimentado pelo “Ele não”, “Nós contra eles” e frases como “Eleição não se ganha, toma do adversário”, entre tantas outras ditas ao longo do mandato de Jair Bolsonaro, desaguou na insanidade política. Os 58 milhões de votos de Bolsonaro é uma mostra que precisamos de estadistas e lideranças que pensam o Brasil e não só o poder. Alguém tem que dialogar com os extremos e não pode ser só a polícia seguindo ordens de prefeitos, governadores e Alexandre de Moraes. Os manifestantes precisam entender que a democracia, mesmo capenga como a brasileira, é o melhor caminho para a justiça social e o bem estar de todos. Bolsonaro e Lula, são passageiros, o Brasil é perene. Que venha melhores políticas públicas e ações governamentais que promovam o desenvolvimento do País e diminua o fosso entre os que tem muito e os que beiram à miséria. Os erros e acertos de Bolsonaro são parte do passado, portanto, não será com a dor da maioria que precisa tocar suas vidas, que a minoria bolsonarista vai parar o País. Nessa política de terra arrasada, todos perdem.

À espera de Lula

A Xadrez ouviu o professor, engenheiro agrônomo, especialista e consultor em agronegócio, Ênio Fernandes sobre os protestos e bloqueios de rodovias tendo entre os manifestantes, gente ligada ao agro. “Se eu fosse o Lula, acalmaria a nação em um pronunciamento, não como presidente eleito, mas como um líder que propõe mudanças estruturais sem ‘desmontar’ o que foi conquistado até agora”. Ênio acredita que a fala de Lula desmontaria o discurso dos bolsonaristas e também parte dos conservadores, que temem mudanças radicais no País.

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Bolsonaro faz apelo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) rompe o silêncio e pede, em vídeo na noite desta quarta-feira (2), o desbloqueio das rodovias. O gesto foi interpretado no meio político como um sinal de que ele pretende, a partir de janeiro, liderar a oposição ao presidente Lula.

 “Todos contra”

Um empresário do agro ouvido pela Xadrez sob anonimato, disse que “se não tivesse a perseguição do judiciário contra o presidente, não estaria acontecendo essa indignação da maioria que votou nele. Mesmo todos contra ele, teve 58 milhões de votos, em um eleitorado de 156 milhões”, justifica o movimento de protesto. De fato, 96 milhões de pessoas não votaram nem em Bolsonaro ou Lula.

Busca de união

No entorno do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva a mensagem é uma só: estabelecer o mais rápido possível harmonia com governadores e prefeitos, seja de oposição ou não. As rusgas paroquiais, pelo menos no ano de 2023, serão deixadas de lado.

‘Petrolão’ na memória

Em seu balanço trimestral para o mercado e acionistas, indiretamente, a Petrobras deu recado aos novos donos do poder: a corrupção foi varrida da empresa. Até agora foram recuperados R$ 6,7 bilhões desviados da empresa na gestão do PT.

Naçoitan explica Em áudio que circula nas redes sociais, o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite explica que foi mal interpretado quando disse que era preciso “eliminar [Luiz Inácio] Lula e Alexandre de Moraes”. Para Naçoitan, o “eliminar não é o que as pessoas estão interpretando. Quis dizer de funções públicas”.