Briga com Caiado custa carreira do presidente nacional do PP
O pior negócio da vida do bom negociador Ciro Nogueira foi comprar confusão com Ronaldo Caiado. Ao agir para tolher a candidatura do governador de Goiás à Presidência da República, o senador do Piauí não consegue mais nem ser… senador do Piauí. Ele diz que pediu autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para visitar Jair Bolsonaro só para lhe dizer que não quer ser candidato a vice-presidente. Tá pensando o quê, tá pensando o quê, peraê, peraê, peraê, quem vai acreditar nisso? Um senador, presidente nacional de um partido (PP) e de uma federação (a União Progressista), pede a um ministro do STF para ter audiência com um ex-presidente só para chegar lá e vir com essa de que não quer o que todo mundo sabe que ele quer?
A verdade é que Bolsonaro sabe das peripécias do piauiense ao excluir Caiado de sua lista de presidenciáveis, quando deveria ser o maior interessado na candidatura, pois sem o goiano a federação vira reboque. Caso tenha de concorrer à reeleição no Piauí, o que Ciro jura ter dito a Bolsonaro, será uma traulitada das grandes, pois está em 3º, enquanto os políticos mais populares do Estado são três adversários seus, todos do PT.
Resta a Ciro ficar pianinho, quietinho, cauda entre as pernas e pedir perdão a Caiado, pedir da forma mais eficiente, lançando a candidatura do goiano à presidência, articulando o PP no País inteiro. Até porque, como se assiste, Ciro não manda na federação e nem mesmo em seu partido: pediu para que os pepistas auxiliares de Lula deixassem os cargos. Ninguém lhe deu ouvidos.