Você já leu aqui no jornal O HOJE que a quantidade de nomeações no Legislativo é praticamente igual à do Executivo, na faixa de 10 mil. Empatam também nos cargos de 1º escalão, na faixa de 40 para cada. Numa categoria permanece o mistério: quem tem mais prefeitos, o governador Ronaldo Caiado ou o presidente da Assembleia, Bruno Peixoto? 

Bruno participou de mais campanhas municipais vitoriosas, pois Caiado tinha o duro desafio de eleger seus preferidos em Goiânia (Sandro Mabel) e Aparecida (Leandro Vilela), além de comícios e gravações para outros Estados. Bruno fez o 360: além de ir aos palanques, distribuiu recursos, ajudou a formar chapas de vereador, arrumou partido e deu emprego para quem perdeu e para quem deixou o cargo. 

O governador nomeou apenas dois ex-prefeitos, Carlão de Goianira na Ceasa e Adib Elias de Catalão na Secretaria de Infraestrutura. Se Caiado ficar com Daniel Vilela para governador e Bruno embicar para outro lado, com quem os prefeitos vão? Como se pode ler na página 7 desta edição, os chefes de Executivo locais são imprevisíveis. 

Com um porém: para Caiado eles devem obras, para Bruno devem o sucesso contra os adversários. Em grande parte das cidades, o governador tinha mais de um concorrente a prefeito e Bruno, apenas o seu, tenha ele ganhado ou perdido. Ou seja, por mais traíras que alguns sejam, são mais fiéis a Bruno. A estimativa é que, em caso de separação, o deputado conserve ao menos 100 de seus 135 prefeitos e Caiado fique também com 100 de seus 200.