Caiado e Daniel recomendam à base aliada convergir e não dividir

Nada mais desafiador para um líder político do que arbitrar interesses, vaidades e o sonho dos que buscam ser ungidos pelas urnas a um cargo público. O governador e também presidente do União Brasil em Goiás, Ronaldo Caiado, e seu vice, líder do MDB no Estado, Daniel Vilela, vivem desafios semelhantes em suas legendas: arbitrar conflitos de interesses na base. O problema é que não tem como o governador ou o vice impor uma candidatura de A em detrimento de B na disputa para prefeito. O máximo que podem fazer – e fazem – é promover conversas separadas ou em conjunto para encontrar uma convergência. Fora isso, não tem como Caiado ou Daniel Vilela ungir um candidato em detrimento de outros. Isto seria um suicídio político que custaria caro na eleição de 2026. Ninguém gosta de ser preterido em uma disputa eleitoral, notadamente por líderes que receberam apoios suficientes para serem eleitos logo no primeiro turno. Caso de Caiado e Daniel, então, para os que querem apoio do governador ou de seu vice para interferir numa disputa local, podem mudar o script. O recado é: convergir ao máximo e, se possível, não divergir, afinal, passada a eleição, vencidos e vencedores terão que tocar em frente. Haverá ranger de dentes e frases tipo: “Mas eu esperava seu apoio”. Não tem jeito: a disputa onde não houver consenso entre UB, MDB e PP, três grandes partidos que juntos somam tempo de TV e rádio, vai ser no mano a mano.

PP e MDB focam na união

Ainda existem arestas em alguns municípios entre o MDB e o PP, caso de Anápolis, que praticamente é um ponto fora da curva. A relação se esgarçou muito mais pelas lideranças locais do que propriamente pelas lideranças. Divergência sempre vai ter, mas dentro de um contexto civilizado que não prejudique a gestão de Caiado. O foco passa a ser união, mesmo que não seja o ideal nas duas siglas.

Naiçoitan, o elo

Ao contrário do que ocorre em alguns municípios onde MDB e UB estão cada um para um lado, em Iporá, o prefeito Naçoitan Leite costurou uma aliança entre as duas legendas. “Unidos com Ronaldo Caiado presidente e Daniel Vilela governador em 2026”, frisa Naçoitan.

Baldy na estrada

Alheio à polêmica em que se meteu o PP seu partido, o PP na seara nacional por conta do embarque do partido ao governo Lula, o líder da legenda em Goiás e presidente da Agehab, Alexandre Baldy, viaja pelo interior do Estado. “Meu foco é entregar moradias à população, conforme compromisso do governador Caiado, e reestruturar o PP em Goiás.”

De olho em 2026

“Vamos lançar candidatos a prefeitos em 100 municípios goianos, além disso, buscar nomes competitivos para disputar vaga de vereador. Com essa estratégia, reforçamos a base eleitoral para a disputa de 2026 e ajudamos o governador Caiado em seu projeto para a Presidência da República.”

Caiado e direita

A direita brasileira se articula e o governador Ronaldo Caiado mostra que seu DNA político foi forjado nesse espectro ideológico. Atento às transformações da sociedade brasileira, Caiado viajou à Argentina nesta quinta-feira (21) para participar do II Fórum Libertad y Democracia. Esse fórum é a antítese das propostas do Foro de São Paulo, criado pela esquerda do Cone Sul.

Yvelonia articula

A assistente social e secretária no governo de Rogério Cruz em Goiânia, Maria Yvelonia (Republicanos), reuniu em sua casa várias lideranças comunitárias e políticas de Valparaíso para colocar seu nome na disputa para prefeita em 2024. “Quero sentir a percepção das lideranças que nem são Pábio ou Lêda Borges e construir uma candidatura mais inclusiva”, disse à Xadrez. (Especial para O Hoje)