Coluna

Caiado não cede às pressões que põem o equilíbrio fiscal em risco

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 10 de março de 2023

Nenhuma conquista democrática pertence a um lado, mas ao conjunto dos que buscam somar e não dividir cidades, o estado ou o país. Goste ou não do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ele se esforça para agregar a metade do país que se desgarrou da trilha democrática. Busca nos adversários a governabilidade. A observação serve para ilustrar os ‘perrengues’ e incompreensões que passa o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB) para montar a equipe do segundo mandato. Por pensar além do Rio Meia Ponte, o governador se debruça no tabuleiro político para acomodar aliados, mas dentro do limite do equilíbrio fiscal e político. Ele sabe da importância de cada prefeito, vereador, deputados e os segmentos organizados da sociedade que contribuíram para ser eleito no primeiro turno. No entanto, a responsabilidade dele é maior do que a do político. Ele pensa como estadista e constroi o futuro agora, só assim todos os goianos tem chances de chegarem juntos no paraíso do bem estar social e econômico. Portanto, o fato de ter sido reeleito praticamente sem oposição, não significa ceder o Estado numa bandeja para aliados. Isto Caiado deixa claro aos seus interlocutores que não haverá loteamento. Parafraseando a linguagem popular, seria mais ou menos isto: todos são passageiros, menos o motorista e o cobrador. Trocando em miúdos: os mandatários eleitos passam e a instituição Estado fica e o governador não quer entrar para a história pela porta dos fundos e sim, pela porta da frente com direito a banda de música.

Pábio Mossoró protesta

O prefeito de Valparaíso e presidente da Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (Amab), Pábio Mossoró (MDB) não digeriu a aproximação da deputada federal, Lêda Borges (PSDB) ao governador Ronaldo Caiado. “Ela passou os últimos quatro anos atacando o governador e agora, recebe como prêmio, a nomeação do filho numa diretoria da Saneago com um salário acima de R$ 100 mil”, disse em entrevista à Rádio Jornal Metropolitano 99 FM de Valparaíso nesta quinta-feira (10).

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Lêda adversária

É que Lêda Borges é adversária de Pábio e os dois vivem em constantes atritos nas redes sociais. Como ele está no segundo mandato, não pode disputar a reeleição e precisa eleger o sucessor. Por sua vez, Lêda deve apoiar um aliado e Pábio acredita que ao se aliar ao governo, prejudica ele.

Nó da discórdia

Nas hostes palaciana, a leitura sobre o protesto de Pábio Mossoró é a Saneago que ele, o prefeito de Cidade Ocidental, Fábio Corrêa (PP) e de Luziânia, Diego Sorgatto (UB), querem municipalizar o sistema de Água e esgoto dos municípios, por isso já aprovaram nas respectivas Câmara de Vereadores, lei para iniciar o processo de ruptura com a Saneago.

Estação de esgoto

Para contrariar Pábio, a Saneago já licitou a construção de uma grande estação de tratamento de esgoto em Valparaíso.

Caminhada Mulher

Neste sábado (11), a partir das 8h, acontece a “Caminhada pelo Fim da Violência Contra à Mulher”, idealizada pela vereadora Léia Klebia em parceria com a Prefeitura de Goiânia. A concentração será em frente ao Estádio Antônio Accioly, em Campinas.

Não à privatização

O deputado distrital, Chico Vigilante (PT) disse em discurso na  Câmara Legislativa do DF, que não vai ser fácil passar o projeto que autoriza o governo privatizar a Companhia Energética de Brasília (CEB). “Saiba que não acontecerá aqui o que o senhor quer: abrir caminho para terminar de privatizar a CEB. É isso o que o senhor quer”, dando recado claro ao presidente da empresa, Edison Garcia.