Caiado não é contra a reforma, mas o que vai sobrar para Goiás

Na reunião com os governadores, nesta quinta-feira (22), na residência oficial do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-PI), para tratar da reforma tributária, o governador Ronaldo Caiado (União) vai repetir o que tem dito em suas entrevistas: “Do jeito que está a proposta, Goiás sai perdendo receitas”. O goiano diz que não é contra a reforma, mas quer maior clareza sobre a autonomia dos Estados e municípios. Além de estudos feito por economistas e as conversas mantidas com seus colegas governadores do Centro-Oeste, Caiado olha o futuro com preocupação. O avanço de novas tecnologias, principalmente a Inteligência Artificial nos meios de produção, requer maiores investimentos em educação e qualificação da mão de obra. Ao contrário do que a maioria pensa sobre a reforma tributária ser a “salvação da lavoura”, não é bem assim. Caiado faz coro a uma das vozes mais respeitadas na discussão da reforma tributária: o economista José Roberto Afonso, professor do Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP) e pesquisador da Universidade de Lisboa. Ele defende em palestras e entrevistas na mídia que o País está começando pelo fim a discussão sobre a reforma. “A inteligência artificial será arrasadora, sobretudo para o emprego mais qualificado.” Essa é uma das preocupações de Caiado, que teme o aumento das desigualdades sociais se o Estado não tiver recursos para investimentos estruturantes, principalmente na educação.

Depois de aprovada, os desafios

Caiado tem dedicado boa parte de sua atribulada agenda em avaliar os impactos que podem surgir a médio e a longo prazo com a implantação da reforma tributária. No seu primeiro mandato, mais da metade foi para equilibrar as contas públicas e resgatar a credibilidade do Estado. Agora, o desafio é por avanços na educação, inclusão social, geração de empregos, moradia e segurança. Tudo isso depende de como a reforma vai tratar os Estados.

Abismo social

O pesquisador José Roberto Afonso disse ao Correio Braziliense que a Inteligência Artificial, além de provocar desemprego, vai aumentar o abismo da desigualdade. “É para isso que a gente tem que se preparar, inclusive repensar o nosso sistema tributário.”

Hans Miller

O vereador de Aparecida, Hans Miller, do PSD, próximo do senador Vanderlan Cardoso e aliado de primeira hora do prefeito Vilmar Mariano – de malas prontas para o MDB –, foi eleito presidente da Comissão de Ética da Câmara de Vereadores.

Entorno presente

Durante entrega de obras em Valparaíso de Goiás, nesta quarta-feira (21), o governador Ronaldo Caiado (União) conversou com os prefeitos do Entorno do DF, Pábio Mossoró (MDB) – Valpaíraso, Carlinhos do Mangão (PL) – Novo Gama, Daniel do Sindicato (UB) – Cristalina, Aleandro Caldato (UB) – Santo Antônio do Descoberto, Diego Sorgatto (UB) – Luziânia e Fábio Correa (PP) – Cidade Ocidental.

Sugestão

O vereador Lucas Kitão (PSD) sugeriu, ao governador Ronaldo Caiado (União) e aos prefeitos da Região Metropolitana, criar uma Rota Solidária para os doadores de sangue se deslocarem do trabalho ou residência ao Hemocentro de Goiás (Hemogo) gratuitamente.

Homenagem

Solenidade na Câmara dos Deputados homenageou, nesta terça-feira (20), a 22ª separação de gêmeos siameses concluída pela equipe multiprofissional do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União). A homenagem foi proposta pelo colega de bancada, deputado Dr. Eduardo Veloso (AC). (Com Yago Sales e Rodrigo Melo, especial para O Hoje)