Caiado no Dia D, tudo ou nada na Presidência
O União Brasil tem cinco grandes cargos nacionais, sendo três ministérios, a Presidência do Senado e a candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República. Hoje, em Brasília, o UB vai cristalizar a federação com o PP, que também está no 1º escalão federal. Para o governador substituir Lula, vai depender de esses quatro auxiliares entregarem os postos. Dificílimo, porque o DNA dos participantes da gestão petista é de situação, o oposto de Caiado e do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, que vivem em Estados divergentes: Goiás é anti-Lula, o Piauí é petista – ou seja, Ciro está arriscando a reeleição como senador (aparece em 3º para duas vagas).
No entanto, há esperança. Aguarda-se o discurso de Caiado na cerimônia, o mais importante da sua vida. Se essa virtude for suficiente, é um dos melhores oradores do Brasil. Caso prevaleça a garganta larga dos fisiológicos das siglas, elas caminharão para engrossar o rol lulista. Sem os dois grandes partidos, Caiado teria de migrar, o que não parece de seu feitio. Foi assim que o MDB fritou Iris Rezende em 1989, preferindo manter as posições na equipe de José Sarney – Aureliano Chaves, altamente impopulares.
Para evitar esse enredo, Caiado defende múltiplas candidaturas dos autodefinidos como direitistas. Antes, precisa resolver sua questão interna. Espera-se uma solução salomônica: os quatro ministros ficam, mas somente até abril, na data-limite para quem deseja se candidatar. Os autênticos alertam aos oportunistas do UB que precisam observar os satélites do PT: nenhum vai para a frente. PSB, PCdoB, PV e PSol continuam nanicos, rejeitados pelo eleitor. Caso UB e PP entrem nessa lista, já sabem o futuro…